Europarlamentar da Itália visita a OAB Paraná

No Paraná para a campanha de reeleição, a europarlamentar Renata Bueno fez uma visita ao presidente da OAB Paraná, José Augusto Araújo de Noronha, na sexta-feira (12/1) e aproveitou para falar sobre a experiência de legislar fora do Brasil. Bisneta de um italiano do Vêneto – Alberto Brustolin –, ela reforçou seus laços com a Itália quando decidiu cursar lá o mestrado e o doutorado em Direito.

A eleição para o Parlamento, viria em 2013, quando ela já carregava na bagagem a experiência da atuação parlamentar na Câmara de Vereadores de Curitiba. No sistema bicameral da Itália, 12 dos 630 deputados e 6 dos 315 senadores são eleitos dentre os cidadãos expatriados. As Américas têm direito a 4 cadeiras para a Câmara e duas para o Senado. Renata foi a primeira pessoa nascida no Brasil a ocupar uma vaga na Câmara. “Antes disso, a prevalência era da Argentina, onde a articulação dos cidadãos italianos é grande”, explica.

Em seu mandato Renata lidou com questões importantes envolvendo Brasil e Itália, como os casos Cesare Battisti e Henrique Pizzolato. “Me tornei uma referência do Brasil lá e uma referência da Itália aqui”, relata.

Para Renata, num e noutro país seu trabalho é movido pela defesa dos direitos humanos, área que despertou seu encantamento para a vida pública. “Em sentido amplo, o processo legislativo não muda: é tratar de representar bem o interesse geral dos cidadãos”, destaca.

Representação

As eleições na Itália terminam no dia 4 de março. Para os cidadãos italianos que vivem no Brasil, o prazo é bem mais curto. Enviadas para as casas de todos os cidadãos, as cédulas eleitorais com o envelope-resposta, precisam ser devolvidas até 28 de fevereiro para serem encaminhadas para Roma a tempo da apuração.

Angela Cristina Viero e Silvia Alciati, integrantes do Conselho Geral dos Italianos no Exterior, que acompanham Renata na campanha, destacam que os cidadãos devem valorizar esse esforço da Itália pela ampla participação política de todos. “É o único país no mundo que dá representação para todo o cidadão, mesmo no estrangeiro. É um direito que levou 20 anos para ser conquistado. Por isso é importante que todos votem e que acompanhem a vida legislativa da Itália”, defende Silvia.