A OAB Paraná realizou na última semana o lançamento da nova advocacia dativa, ocasião que reuniu profissionais de várias regiões do estado. Entre os participantes estava o advogado Willy Michael Paulini Lima, membro da Comissão da Advocacia Iniciante de Iporã, que descreveu a ida a Curitiba como uma verdadeira demonstração de comprometimento da advocacia do interior.
Confira o depoimento:
Da gloriosa Iporã, onde a esperança de um café quente se mistura ao cheiro de pneu de caminhão, partimos nós, os incansáveis advogados dativos. Não em carruagens de luxo, mas espremidos como sardinhas em uma Van, cujo espaço parecia diminuir a cada quilômetro. Viramos a noite na estrada, com o frio cortando, a Van parecendo um iglu sobre rodas. O calor humano era o único que nos mantinha minimamente descongelados.
Missão: Curitiba. Motivo: Acompanhar o lançamento da nova advocacia dativa! Antes do evento, uma parada estratégica. Entramos no posto de gasolina como meras pessoas físicas, cansadas, desgrenhadas, dignas de um documentário sobre a resistência humana. Mas, com um passe de mágica (e algumas escovas de cabelo e retoques), saímos como pessoas jurídicas impecáveis, com “social” no limite da dignidade, prontos para qualquer batalha legal… e para a fila do estacionamento.
Chegamos em Curitiba. Participamos do tal lançamento, aplaudimos as novidades (pensando em como sobreviveríamos à próxima jornada), e sentimos a sensação de que éramos heróis… por ter achado uma vaga para estacionar e ter sobrevivido ao frio da Van e à transformação relâmpago.
O evento acabou, a formalidade deu lugar à fome, e então veio a recompensa… ou a pegadinha. Paramos para o almoço. A fome era grande, a carteira… nem tanto. E para coroar a experiência, um chopp, oásis líquido no deserto do estresse, custando a módica bagatela de 19 reais! Dezenove reais por um gole de esperança! Um preço que seria debatido em qualquer tribunal, mas que ali, na sede e na exaustão, era quase um sacrifício ritual.
E na volta? Ah, a volta! Depois de cumprir a missão, a alma estava mais leve. O destino, sempre brincalhão, inverteu os polos: a Van virou um forno, transformando-nos em advogados grelhados. Mas as risadas superaram o calor. Histórias hilárias da ida, piadas sobre o chopp de R$19,00 e a certeza de que, apesar de tudo, a união faz a força… e rende boas memórias. Voltamos mais descontraídos, com o espírito renovado e a mente cheia de histórias para contar… ou esquecer. Porque no final das contas, somos essenciais, somos guerreiros e, acima de tudo…DATIVOS UHULLL!
por Willy Michael Paulini Lima

