A etapa final do I Moot de Direitos Humanos da OAB Paraná integrou advocacia, comunidade acadêmica e especialistas em uma intensa imersão prática voltada à promoção e à defesa dos direitos humanos. A competição nacional inédita no país, realizada em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), reuniu mais de 60 equipes inscritas, oriundas de 4 regiões do Brasil, 12 estados, 36 cidades, 58 faculdades e seis escritórios de advocacia, marcando um dos maiores encontros acadêmicos da área no país.
Inspirado nos tradicionais julgamentos simulados internacionais, o Moot colocou estudantes no centro de um ambiente de alta complexidade prática, exigindo argumentação jurídica, oralidade, estratégia e análise crítica. Na etapa presencial, realizada nos dias 9 e 10 de dezembro, em Curitiba, as equipes apresentaram seus argumentos diante de bancas compostas por especialistas, professores, juristas e representantes de instituições de referência.
O caso fictício desta edição foi elaborado pela jurista Flávia Piovesan, uma das maiores autoridades brasileiras em Direito Internacional dos Direitos Humanos, elevando o rigor técnico e o alcance acadêmico da competição.
Equipes vencedoras
A equipe da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foi a grande vencedora do I Moot de Direitos Humanos da OAB Paraná. O Centro Universitário de Pato Branco (Unidep) conquistou o segundo lugar, enquanto a Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Campus Toledo (PUCPR – Toledo) ficou com a terceira colocação, em uma disputa marcada pelo alto nível técnico e pela forte dedicação das equipes.
O melhor memorial – Vítimas ficou com a Universidade Federal do Paraná (UFPR); o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) classificou-se com o melhor memorial – Estado. A estudante de Direito Rachel de Vasconcelos Silveira foi eleita a melhor oradora.
A vice-presidente da OAB Paraná, Graciela Marins, ressaltou o alto nível das equipes e o papel transformador da competição na formação dos futuros profissionais .“Vimos entusiasmo genuíno, energia contagiante e um profissionalismo admirável. Cada equipe demonstrou organização, domínio técnico e sensibilidade para temas que exigem maturidade jurídica e responsabilidade social. A alegria dos estudantes antes e depois das sustentações reafirma que a advocacia brasileira está sendo construída por pessoas comprometidas com uma sociedade mais justa”.””, disse.
Ela também registrou agradecimento especial aos mentores e professores, reconhecendo que “é nas horas silenciosas de estudo e na revisão paciente dos argumentos que se formam os profissionais que ocuparão posições de liderança no sistema de justiça”.
Ao destacar novamente a relevância da participação da jurista Flávia Piovesan, Graciela lembrou que o caso elaborado “elevou o patamar da competição e inspirou cada equipe a pensar com rigor e profundidade”. A vice-presidente afirmou ainda que eventos como este fortalecem a formação jurídica e estimulam o estudo permanente como condição essencial para uma advocacia preparada diante de um cenário de alta concorrência, automação e mudanças rápidas.
Equipes classificadas
A rodada final reuniu as equipes previamente classificadas em outubro, após fase escrita de avaliação dos memoriais. Participaram da etapa oral o Centro Universitário Assis Gurgacz (FAG); Centro Universitário de Pato Branco (Unidep); Centro Universitário Padre Albino (Unifipa); Fabrilo Rosa, Trovão, Akamine – Sociedade de Advogados; Faculdade de Direito do Recife (UFPE); FATEC Ivaiporã; Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP); PUCPR – Toledo; UniCesumar – Maringá; Universidade Positivo; Universidade Federal do Paraná (UFPR); Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) – Natal; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); UNIOESTE – Francisco Beltrão; UNIPAR – Paranavaí; UNIPAR – Toledo.
As apresentações foram avaliadas por bancas especializadas, que observaram técnica argumentativa, domínio jurídico, clareza, capacidade de resposta e postura profissional em ambiente simulado de corte internacional.
Diversidade e impacto
Os números reforçam a dimensão nacional e a relevância acadêmica da iniciativa, que reuniu diversidade, talento e alta dedicação das equipes participantes. “O I Moot de Direitos Humanos da OAB Paraná é um verdadeiro divisor de águas. Mais do que uma competição acadêmica, simboliza o compromisso da advocacia com a dignidade humana e com a formação de profissionais críticos, preparados e engajados. Ver mais de 60 equipes reunidas em torno desse tema demonstra a força da educação jurídica e a responsabilidade social da advocacia”.””, destaca a diretora de Comissões da OAB Paraná, Emma Roberta Palú Bueno.
Confira os registros fotográficos do evento no Flickr da OAB Paraná.

