Implicações da pedofilia foram temas de debate nesta manhã na Seccional

As implicações da pedofilia, sobre o aspecto médico, psiquiátrico, psicanalítico e jurídico foram os temas de debate do Fórum sobre Pedofilia e Pornografia Infanto-Juvenil na Internet, tratados na manhã desta sexta-feira (20), no auditório da Seccional. O assunto foi tratado por quatro especialistas, cada um na sua área de atuação: a médica Lúcia Pfeiffer, a psiquiatra Cíntia de Azevedo Marques Périco, o psicanalista Leo Cardon e o jurista Sérgio Kukina. O comportamento obsessivo, o desvio da sexualidade e o deslocamento de atenção foram alguns dos temas abordados durante a discussão da manhã, com observação à tendência negativa de medicar em excesso as vítimas de pedofilia e pornografia, afim de evitar as reações normais ao sofrimento.

As discussões do Fórum promovido pela Comissão da Criança e do Adolescente da OAB Paraná, continuam na tarde desta sexta-feira com uma mesa redonda para debater medidas de prevenção à pedofilia e uma palestra com o juiz da Vara de Crimes Contra Crianças e Adolescentes de Curitiba, Eduardo Fagundes Lino, e o lançamento do livro “Atividade de modelo/manequim e o trabalho infanto-juvenil”, da advogada Júlia Zerbetto Furlan. No final, os participantes vão votar as propostas que serão encaminhadas para o poder público, com o objetivo de melhorar o atendimento às vitimas. O Fórum tem oito propostas principais: instalação de Varas de Crimes contra crianças e adolescentes e de delegacias de proteção a criança e adolescentes em comarcas de entrância final; capacitação permanente e obrigatório na área dos Direitos da criança e do adolescente para juízes, promotores, procuradores, delegados,  agentes de polícia, médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais que atuam no atendimento às crianças e adolescentes; obrigatoriedade da disciplina de Direito da criança e do adolescente nas faculdades de Direito, Psicologia, Serviço Social, Medicina e Enfermagem; garantir privacidade das vítimas de violência em exames de avaliação psicológica; crias hospitais de referência no tratamento à violência sexual no Paraná; garantir atendimento privilegiado e especializado para crianças e adolescentes vítimas de violência e construir rede nacional de informações sobre crianças e adolescentes desaparecidos.     

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