Cinco presos foram colocados em liberdade no Paraná no primeiro dia de trabalho do mutirão carcerário no estado, lançado oficialmente pelo presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, em cerimônia realizada na noite de terça-feira (23) no Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), ao lado do vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, futuro presidente do CNJ, e do corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, do presidente do TJ, Carlos Augusto Hoffmann, do governador Roberto Requião e do presidente da OAB Paraná, José Lucio Glomb. Entre os libertados, está um detento que há dois meses aguardava encarcerado o alvará de soltura, cuja ordem havia sido expedida pelo juiz no final do ano passado.
O trabalho do mutirão carcerário no Paraná se estende até o dia 14 de maio, período em que uma equipe de juízes, promotores, advogados e servidores do Judiciário vai analisar os processos de 37 mil presos, a terceira população prisional do Brasil, só perdendo para São Paulo e Minas Gerais. Segundo o ministro Gilmar Mendes, "o CNJ está fazendo um amplo esforço para a revisão do sistema prisional e esse trabalho se faz em parceria com juízes, promotores, advogados, servidores, onde o diálogo político é fundamental". Para o ministro Gilson Dipp, "O juiz tem o dever de acompanhar, desde a decisão, até o efetivo cumprimento da pena. Não podemos transferir a nossa responsabilidade ao Executivo". Mais de 60 advogados estão trabalhando no Mutirão de forma voluntária.
Fonte: Agência CNJ de Notícias
