Plenário do TSE aprova resolução sobre apuração de crimes eleitorais

Reunidos em sessão administrativa na noite de terça-feira (9), os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovaram a resolução sobre a apuração de crimes eleitorais para as eleições 2010. O mesmo texto, com 13 artigos, havia sido editado para as eleições 2006 e também foi adotado nas eleições de 2008. A resolução abrange a atuação da polícia judiciária eleitoral, a notícia-crime eleitoral e também o inquérito policial eleitoral. Como explicou o relator da instrução, ministro Arnaldo Versiani, a proposta surgiu de um pedido do departamento da Polícia Federal, para que o TSE editasse uma instrução, disciplinando certos aspectos, como a própria requisição do trabalho da Polícia Federal para apuração de crimes eleitorais.

Entre os assuntos abordados, a Resolução nº 23.222 do TSE afirma que “a Polícia Federal exercerá, com prioridade sobre suas atribuições regulares, a função de polícia judiciária em matéria eleitoral, limitada às instruções e requisições do Tribunal Superior Eleitoral, dos Tribunais Regionais ou dos Juízes Eleitorais”. Quanto à notícia-crime, fica determinado que “qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal eleitoral em que caiba ação pública deverá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la ao Juiz Eleitoral local”, que dará o devido encaminhamento. Ao especificar o inquérito policial eleitoral, a resolução esclarece que somente será instaurado mediante requisição do Ministério Público ou da Justiça Eleitoral, salvo a hipótese de prisão em flagrante. O inquérito policial eleitoral será concluído em até 10 dias, em caso de prisão em flagrante ou preventivamente a partir do dia em que se executar a ordem de prisão. E, será concluído em até 30 dias quando o responsável pela infração penal eleitoral estiver solto.

Presidência

Ainda durante a sessão de terça-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),  Ricardo Lewandowski, foi eleito presidente da Corte Eleitoral para o biênio 2010-2012 com a missão de comandar as eleições 2010. Menos de um ano depois de assumir uma vaga no TSE, Lewandoski assume a presidência do tribunal depois que seu colega Joaquim Barbosa renunciou ao cargo de ministro do TSE por problemas de saúde. Apenas ministros do STF podem assumir a presidência do TSE. Na definição das regras que serão aplicadas no pleito de outubro, o ministro divergiu do presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, sobre a votação dos presos provisórios e jovens em unidades de internação. A proposta argumentava que os direitos políticos são suspensos apenas nos casos de condenação criminais definitivas. Para Lewandowski, a instalação de seções eleitorais em presídios é tarefa difícil de ser implementada. Ponderou que, apenas em São Paulo, há 52 mil presos provisórios. Acrescentou que a presença de facções criminosas no sistema prisional pode inviabilizar a ideia. Mas foi vencido.

A posse de Ricardo Lewandowski está prevista para o mês de abril.

Fonte: Assessoria de Comunicação do TSE

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