Em um mês de trabalho, os advogados paranaenses que estão participando de forma voluntária do Mutirão Carcerário promovido, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no Paraná, analisaram um total de 4.595 processos. A meta do CNJ é analisar 29.506. Deste número total, 636 processos receberam algum tipo de benefício e 404 presos ganharam a liberdade. O pólo de Londrina e Maringá registrou o maior número de benefício de liberdade concedido. São quatro pólos que diariamente estão analisandos os processos: Curitiba, Litoral e Região Metropolitana (pólo 1); Ponta Grossa e Guarapuava (pólo 2); Londrina e Maringá (pólo 3); e Foz do Iguaçu, Cascavel e Francisco Beltrão (pólo 4). No pólo de Curitiba, ainda não teve início a análise dos processos de presos condenados, devido ao grande número. Nas outras regiões, já estão sendo analisados os processos de presos provisórios e condenados.
O Mutirão Carcerário teve início em 22 de fevereiro e acontece no Paraná até o dia 14 de maio. A advogada Lucia Maria Beloni Correa Dias é quem coordena os trabalhos no pólo de Curitiba onde sete advogados estão atuado de forma voluntária. Em todo Paraná, 60 advogados aderiram ao chamamento feito pela OAB Paraná, para atuação voluntária dos profissionais da advocacia no Mutirão. A força-tarefa é composta também por 34 juízes, 45 promotores, e 98 serventuários de diversas instâncias do Judiciário para revisar os processos de detentos recolhidos em delegacias e penitenciárias. O trabalho consiste no reexame dos autos criminais de presos provisórios e condenados para verificar o cumprimento das penas e prevenir irregularidades.