A Vigilância Sanitária do município de Colombo confirmou problemas de higiene e riscos de contágio por doenças que haviam sido constatados pela OAB Paraná na carceragem da Delegacia do Alto Maracanã. Depois de receber a denúncia da Comissão de Direitos Humanos da Seccional, a Secretaria Municipal da Saúde realizou exames clínicos em todos os detentos. A equipe médica encontrou casos de escabiose (sarna), furunculose, além de suspeitas de tuberculose e HIV.
Segundo a coordenadora da Vigilância Sanitária, Pricila Costa, até o início de março a equipe terá os resultados das suspeitas das doenças mais graves. “O primeiro passo será tratar os detentos. Após o tratamento clínico é fundamental que os internos sejam relocados”, sustenta.
Aproximadamente 50 presos ocupam um espaço com capacidade para apenas 8 pessoas. “As celas não têm ventilação, não recebem luz solar e são extremamente úmidas. O ambiente é propício para a proliferação de doenças. As condições são muito precárias”, afirma Pricila.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde de Colombo, Ana Paula do Nascimento, explica que o município já liberou a medicação para o tratamento dos presos. Além do tratamento clínico das doenças, os detentos deverão receber uniformes da delegacia nas próximas semanas. A intenção é reduzir o índice de contágio a partir da higienização regular das roupas.
A vistoria realizada na carceragem pela Vigilância Sanitária foi motivada por um ofício encaminhado pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OAB Paraná. Em sua última visita de monitoramento à delegacia, no último dia 16, a comissão verificou péssimas condições de saúde e higiene. No ofício, a situação dos presos foi classificada como “desumana, cruel e de ausência total de direitos humanos”.
Exames confirmam doenças contagiosas em presos de delegacia de Colombo

