Um grupo de servidores que está reestruturando a Associação dos Médicos Legistas do Paraná esteve reunido nesta sexta-feira (25) com integrantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB Paraná. A reunião dá continuidade ao trabalho que a comissão iniciou na semana passada ao vistoriar as instalações do Instituto Médico Legal (IML) em Curitiba. Os médicos legistas relataram deficiências estruturais e de pessoal, condições insalubres de trabalho, abandono das atividades científicas, falta de capacitação e de um plano de carreira.
“Os funcionários fazem o que podem para preservar a instituição e manter o IML em funcionamento, mas o Estado tem se omitido”, afirma a médica Maria Letícia Fagundes. Além de confirmarem os diversos problemas verificados pela Comissão de Direitos Humanos, os médicos citaram outros muitos exemplos do sucateamento do Instituto. Segundo o médico Luiz Fernando Silveira de Andrade, há muito tempo as amostras de material para exames são colhidas em frascos vazios de maionese ou café solúvel que os próprios servidores trazem de casa.
A vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Isabel Kugler Mendes, diz que os relatos servirão de elemento para novos pedidos de providências que a OAB deverá apresentar. “Os depoimentos têm sido importantes para darmos andamento a esse trabalho”, afirma Isabel.
Médicos legistas trazem à OAB informações sobre o IML

