O vice-presidente da OAB Paraná, Airton Martins Molina, que conduziu a cerimônia, discursou sobre a falta de valorização do advogado. “Quando iniciei no Conselho da Seccional, em 2008, eram no Brasil 720 mil advogados. Num curto espaço de tempo, em 8 anos, nós passamos da casa dos 980 mil advogados e dentro de dois meses, seremos mais de um milhão de advogados. Esse volume que estamos recebendo todos os meses no Paraná e no Brasil está provocando a desvalorização da advocacia. Desvalorização efetivamente da oferta como se nossa profissão fosse mercantilização”, avaliou.
Para finalizar, Molina exemplificou as condições em que trabalham os novos advogados. “Colegas no início de carreira se submetem a tocar processos em grandes escritórios com honorários humilhantes. Fazem audiência e ganham R$40 ou R$50 reais. Tem o advogado que deixa de cobrar o que o colega cobrou por um contrato bem menor. Procurem não agir dessa forma. Melhor ter clientes que remunerem de maneira digna do que trabalhar nessas condições”.
A vice-presidente da OAB-PG, Rubia Carla Goedert, retomou a trajetória e o esforço do estudante até se tornar advogado e destacou a representatividade da mulher na sociedade e na advocacia. “Essa representatividade fez com que o Conselho Federal da OAB aprovasse, no ano passado, o Plano Nacional da Mulher Advogada, que defende a garantia de direitos peculiares às mulheres. Em harmonia com a Resolução 164/2015, foi editada pelo Conselho Federal da OAB a Resolução 01/2016, que estabeleceu esse ano de 2016 como o Ano da Mulher Advogada”, ressaltou.
Mesa
Também compuseram a mesa o presidente da Subseção, Edmilson Schiebelbein; Roberto Ribas Tavarnaro, Membro da 10ª Turma do TED; o presidente da 10ª turma do TED, Luiz Fernando Matias; a Conselheira Estadual Mariantonieta Pailo Ferraz; o integrante da Comissão dos Advogados Iniciantes Recieri de Tarso Zenardi; o delegado da CAA-PR, Emerson Modesto e o diretor da CAA-PR, Fernando Deneka.
Fonte: Assessoria de imprensa OAB-PG

