A participação da mulher no cenário da advocacia esteve novamente em debate na programação da XXII Conferência Nacional da Advocacia. Na manhã desta terça-feira (21) as dirigentes das comissões da Mulher Advogada das Seccionais da OAB se reuniram para debater políticas de valorização e empoderamento da mulher. Também foi proposta a elaboração de um livro sobre a atuação e desafios da advogada na atualidade, com artigos de representantes de cada estado. A OAB Paraná esteve presente nas discussões, representada pela conselheira estadual Daniela Ballão Ernlund, presidente da Comissão da Mulher Advogada. O encontro foi conduzido pela conselheira federal e presidente da Comissão Especial da Mulher Advogada do Conselho Federal da OAB, Fernanda Marinela.
Embora o Paraná seja exemplo em relação a quantidade de mulheres que participam do conselho ainda não atingimos 30% das cadeiras ocupadas. Precisamos aumentar o número de mulheres no Conselho Federal da OAB e na diretoria. A representatividade da mulher é muito pequena frente aos 52% de advogadas inscritas na Ordem, sustentou Daniela Ballão.
Queremos que as quotas de 30% sejam um incentivo para que as mulheres se mobilizem e assumam estes postos. A presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada está pedindo que as Seccionais recolham assinaturas em seus estados para levar à próxima reunião do Conselho Pleno, no dia 3 de novembro. A ideia é que os conselheiros vejam a movimentação feminina e aprovem esta política de valorização da mulher, afirmou.
As mulheres têm conquistado cada vez mais os espaços públicos, e na advocacia não é diferente. A luta das mulheres por espaços públicos é histórica e vem se consolidando no último século. Hoje, são 370 mil advogadas. Isso representa 45% dos mais de 800 mil inscritos na OAB. No Paraná, as mulheres representam 42% dos 49 mil advogados inscritos ativos no estado.

