Advogadas de todo o estado discutiram maior participação nos quadros da OAB

O IV Encontro Estadual da Mulher Advogada terminou no último sábado (22) com uma reunião de trabalho com as representantes das subseções da OAB. O encontro foi comandado pela secretária-geral da OAB, Márcia Helena Bader Maluf Heisler, e pela presidente da Comissão da Mulher Advogada, Daniela Ballão Ernlund.

O objetivo foi trocar experiências com as advogadas do interior e definir estratégias visando a maior participação das mulheres no âmbito da instituição. No dia anterior, as advogadas puderam acompanhar dois importantes debates sobre igualdade de gênero e empoderamento da mulher no mercado de trabalho.

O encontro foi elogiado pelas participantes. “Foi muito enriquecedor. Estou maravilhada. Não temos uma comissão da mulher em nossa subseção, mas agora peço a ajuda de vocês para criá-la”, disse a advogada Nara Letícia Borsatto, de Loanda.

“Foi um encontro muito estimulante. Tentarei levar essa experiência a Maringá”, afirmou Tânia Izelli, conselheira local e presidente da Comissão da Mulher Advogada da subseção. “Percebo que em nossa cidade a atuação da mulher advogada vem crescendo ano a ano. Temos o apoio do nosso presidente. O evento aqui em Curitiba foi excelente e nos trouxe muito conhecimento”, destacou Alessandra Cadorin, de Iporã.

Para Sônia Gerchevski, de Irati, foi “um evento perfeito”. “Foi muito motivador. Acho que daqui para frente as coisas vão mudar”, disse.

Além da reunião, as representantes das subseções participaram do workshop “A mídia e a mulher profissional”, com o advogado, jornalista e consultor de Comunicação da OAB Paraná, Ernani Buchmann, e com a jornalista Vanusa Vicelli.

Preconceito

A Comissão dos Advogados Iniciantes também promoveu uma reunião aberta sobre preconceito contra a mulher no ambiente de trabalho, trazendo como convidada a socióloga Marlene Tamanini. O grupo discutiu as dificuldades das jovens advogadas, que muitas vezes acumulam o preconceito por ser mulher e por estar em início de carreira, com pouca experiência na profissão. “Desmanchar o gênero é uma luta cultural em todos os ambientes. Essa discussão diz respeito à escola, ao ensino, à família, às instituições”, disse a socióloga.

Na ocasião, a Comissão, presidida pela advogada Sabrina Becue, apresentou o resultado de uma enquete feita com advogadas iniciantes. Entre as 1.100 advogadas que responderam à pesquisa, 60% disseram já ter sido vítima de discriminação por ser mulher. Em 82% dos casos, a discriminação foi velada. Sessenta por cento disseram ser a discriminação uma prática frequente, e para 58% as práticas discriminatórias foram praticadas por autoridades, partes adversas e serventuários, sendo em menor grau praticadas por colegas de escritório (22%) e por clientes (19%).

Patrocínio
O IV Encontro Estadual da Mulher Advogada teve o patrocínio da  Itaipu Binacional, da Caixa Econômica Federal, da Caixa de Assistência dos Advogados do Paraná e da Academia Brasileira de Direito Constitucional.

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