Advogados apresentam dúvidas sobre funcionamento do sistema eletrônico

As vantagens e as dificuldades provocadas pela implantação do Projudi nos Juizados Especiais foram debatidas por presidentes de subseções no encontro estadual, em Toledo. Somente algumas comarcas do Paraná já operam com o sistema, que se tornou objeto de dúvidas para alguns advogados. O presidente da subseção de Campo Largo, Osmar Andrade Zotto, e o presidente da subseção de Irati, Pedro da Silva Queiroz, foram os palestrantes do painel que abordou o tema.

De acordo com Osmar Andrade Zotto, os advogados de Campo Largo, primeira cidade paranaense a receber o Projudi, estão bem adaptados ao sistema virtual. “O sistema é muito bom e não apresenta dificuldades. Em Campo Largo, há um local onde os profissionais são orientados quanto à utilização do Projudi. É um caminho de informatização que não tem mais volta”, afirma o presidente da subseção.

O Projudi foi criado pelo Conselho Nacional de Justiça e dispensa o uso do papel em qualquer fase de tramitação dos processos na Justiça. Por meio do sistema, advogados podem ajuizar ações, protocolar petições, apresentar recursos e acessar na íntegra as decisões relativas aos seus processos por meio da internet. “A proposta do sistema, que é a de trazer mais celeridade aos juizados, na verdade não acontece”, ressalta o presidente da subseção de Irati, Pedro da Silva Queiroz. Segundo ele, alguns advogados da cidade apresentam dificuldades na utilização do Projudi, principalmente quanto aos prazos para protocolar as petições. “Em alguns casos, o programa não funciona corretamente e o advogado acaba perdendo o prazo para protocolar os documentos”, afirma Pedro da Silva Queiroz.

Investimentos
Durante o painel, a diretora da OAB Paraná, Maria Helena Kuss, apresentou algumas alternativas que podem auxiliar os advogados em problemas dessa espécie. De acordo com a advogada, é necessário que os profissionais invistam em equipamentos como computadores de alta potência e scanners. “Sem um bom computador o advogado não consegue passar a petição para o sistema”, afirma. “O profissional também deve preservar sua chave de acesso e a senha pessoal, pois qualquer pessoa que tenha essa senha pode peticionar em nome do advogado”, alerta Maria Helena Kuss.

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