Os advogados da área trabalhista que atuam em Londrina aprovaram a proposta de sessão por videoconferência promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, em caráter experimental, na última semana. “Foi uma iniciativa louvável do Tribunal. Usando os equipamentos e estrutura já existentes, sem gasto adicional, eles mostraram que é viável cumprir-se o preceito constitucional nº 45 que prevê a interiorização da justiça”, comentou o presidente da subseção da OAB em Londrina, Wilson Sokolowski, que participou da sessão da 4ª turma. “Cumprimento o pessoal da 4ª turma e a direção do TRT pela iniciativa louvável que se mostrou perfeitamente possível na 2ª instância”, completou.
A sessão aconteceu na última quinta-feira (24). Envolveu a 4ª Turma do TRT-PR e ocorreu, simultaneamente, nas cidades de Londrina e Curitiba, com desembargadores nas duas cidades, e mediante a participação de advogados que fizeram sustentação oral, sem a necessidade de deslocamento até Curitiba. “Foi uma boa oportunidade de trabalhar na 2ª instância sem se deslocar para Curitiba. Torço para que o sistema seja implantado o mais rápido possível em todas as turmas”, disse o advogado Jorge Aidar, que também fez sustentação oral na sessão por videconferencia.
De acordo com o presidente da Comissão de Informática do TRT-PR, desembargador Sérgio Murilo Rodrigues Lemos, integrante da 4ª Turma, a sessão por videoconferência atendeu às expectativas e deu início ao processo de discussão na Justiça do Trabalho. “O próximo passo é fazer audiências públicas em várias cidades pólos do Estado, para ouvir da comunidade, OAB e Ministério Público, qual o modelo mais adequado de interiorização, se por videoconferências, instalação de câmaras no interior ou ainda outro modelo que possa ser sugerido”, enfatizou o desembargador. Segundo informou o desembargador Lemos, a procura pela sustentação oral dobrou, com a videoconferência em Londrina. Foram 40 processos julgados e 15 advogados inscritos para sustentar. “Isso demonstra a demanda reprimida que temos e a necessidade do Tribunal no interior”, explicou.
