“O objetivo do evento foi pautar as ações da comissão dentro dos princípios do Pacto Geral da ONU. Um deles é a inclusão. A proposta é que as pessoas passem a olhar o outro e sentir as dificuldades que eles enfrentam. Quando você senta numa cadeira de rodas, você vive as limitações do dia a dia dessas pessoas e passa a ver a questão de outra forma”, afirmou Berenice Reis Lessa, presidente da Comissão de Acessibilidade.
Para a secretária-geral da OAB Paraná, Marilena Winter, a iniciativa foi pedagógica e sensibilizou para a compreensão de que as mínimas tarefas podem ser extremamente difíceis para as pessoas com deficiência. “Quando você é colocado no lugar do outro consegue compreender as dificuldades que a realidade não acessível causa para essas pessoas. A ação nos ajudou a perceber coisas que no nosso cotidiano não percebemos”, disse. Marilena experienciou por alguns minutos a limitação de locomoção.
A experiência foi desafiadora para a presidente da Comissão de Direitos do Idoso, Rosângela Maria Lucinda. A advogada viveu por alguns minutos a limitação da visão. “Com o auxílio de uma colega que ficou cega aos 27 anos me desloquei até a mesa do café, esbarrando em alguns obstáculos. Ela me disse que estávamos em frente à mesa e perguntou o que eu queria. Eu disse que queria um suco. Posicionei a bengala na minha frente e, neste momento, eu comecei a chorar. Senti um vazio imenso, um desespero, porque fiquei sozinha e não sabia o que acontecia a minha volta”, relata. “A lição que ficou é que precisamos unir forças para nos ajudarmos”, afirmou.

