Carreata da Polícia Civil pede apoio da OAB para melhor estrutura

Uma carreata da Polícia Civil passou pela sede da OAB Paraná, no final da manhã desta sexta-feira (6), em um manifesto motivado pela morte do policial Marcos Antônio Gogola. O movimento saiu do Cemitério da Água Verde, passou pelas sedes da Secretaria de Justiça do Paraná (SEJU), do GAECO e chegou na OAB Paraná. O grupo, formado por policiais civis, entre delegados, escrivães, investigadores e integrantes dos grupos TIGRE e COPE, com mais de 60 veículos, parou em frente a Sede por cerca de 40 minutos.

Representados pelo presidente do Sindicado das Classes Policiais Civis do estado do Paraná (SINCLAPOL), André Gutierrez, os manifestantes pediram o apoio da Ordem para reestruturação da Polícia Civil. Com gritos de “Viva a Polícia Civil”, “Pelos Direitos Humanos”, eles denunciaram que a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP) tem negado equipamentos para polícia, como munição, coletes à prova de balas, carros blindados, além da falta de equipe técnica especializada em cargos de chefia na SESP, como a diretora geral da Secretaria, além da retirada dos presos das delegacias, entre outras coisas. 

O movimento pacífico e emocionado dos policiais foi recebido pelo procurador-geral da OAB Paraná, Andrey Salmazo e pelo assessor da presidência, Ricardo Navarro, que lembraram que a Ordem também luta por uma polícia civil estruturada, bem equipada e pela retirada dos presos da delegacia. Foi solicitado o envio de um ofício com as reivindicações para OAB. Conforme Gutierrez, foi uma manifestação espontânea dos policiais. "O desespero da polícia civil é tamanho que a nossa carreata chegou até a OAB, que sempre nos apoiou quando a buscamos", comentou.

"Protestamos pela morte do nobre policial Gogola, contra o inferno carcerário nas delegacias de polícia, e contra a omissão da Secretaria de Estado da Justiça (SEJU), que mantém essa situação degradante, colocando em risco, diariamente, a vida dos policiais e infringindo os direitos humanos dos presos, que deveriam ser absorvidos pelo sistema prisional", afirmou o presidente do SINCLAPOL. Após a manifestação na frente da Seccional a carreata foi encerrada. Em protesto pela morte do policial Gogola, morto com um tiro na nuca na manhã de quinta-feira em Campo Largo, quando escoltava um preso na ida ao dentista, as delegacias de Curitiba e Região Metropolitana de Curitiba estão fechadas nesta sexta-feira.

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