Como é o trabalho da Comissão da Mulher Advogada da OAB Paraná?
Trabalho na Comissão da Mulher Advogada da OAB Paraná desde o início da gestão do presidente Alberto de Paula Machado, em 2007. Durante a gestão do dr. Lucio Glomb, já como conselheira estadual, fui vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada. Agora, na gestão do Dr. Juliano Breda, fui chamada a ser presidente da Comissão da Mulher Advogada. Acredito que a advogada, independentemente de sua especialização e atuação, deve assumir como causa própria a defesa das prerrogativas da Mulher Advogada.
A história da mulher na sociedade nos remete a essa defesa. A Comissão da Mulher Advogada é, portanto, uma prerrogativa da advogada. É local onde debatemos o rumo da advocacia paranaense sem discriminação, procurando eliminar a herança de desequilíbrio nas relações de gênero deixada pela própria história.
Em que sentido pode avançar esse trabalho?
Temos ainda muito que avançar. Mas a Comissão acredita que esse avanço somente ocorrerá quando este assunto for assumido por todos, pois todos serão beneficiados com uma sociedade livre de toda e qualquer forma de discriminação. Ainda sofremos com a diferença de remuneração entre homens e mulheres na mesma função.
Sofremos também com a dificuldade de ascensão de Mulheres Advogadas a cargos de gestão, dentro dos departamentos jurídicos das empresas e nos escritórios de advocacia. Isso, principalmente, porque não temos uma política de empoderamento das mulheres, nos moldes sugeridos pela Organização das Nações Unidas. Acredito que esse é o grande desafio que precisamos enfrentar. A Mulher Advogada precisa torna-se líder da sua própria história.
Foto: Juliano Breda, Daniela Ballão Erlund, Iverly Antiqueira Dias e Maria Helena Kuss

