Comissão de Estabelecimentos Prisionais apura denúncias contra Delegacia de Furtos e Roubos

A presidente da Comissão de Estabelecimentos Prisionais da OAB Paraná, Lúcia Beloni, esteve nesta quinta-feira (13) na Delegacia de Furtos e Roubos para conferir denúncias que chegaram à comissão de que os presos estariam correndo riscos de contaminação por sarna e rubéola, e estariam impedidos de receber sacolas de alimentos bem como de receber visitas de familiares. O risco de rebelião, na carceragem que abriga 112 presos em celas com capacidade para 44, foi também uma das preocupações que motivaram a visita.

Imediatamente a OAB acionou a vigilância sanitária, que tomou as medidas necessárias. Um dos presos foi encaminhado ao Complexo Médico Penal  na quarta-feira e retornou no dia seguinte, depois da constatação, segundo o delegado Francisco Caricati, que não se tratava de doença contagiante. O detento confirmou a informação.

O delegado disse que havia determinado a suspensão das sacolas e das visitas, em função de faltas graves que haviam ocorrido, entre elas, a apreensão entre os presos de 18 aparelhos celulares, bem como tentativas de fuga por meio de escavação de buracos. Entretanto, garantiu que a punição não foi aplicada e que na quinta-feira pela manhã os familiares puderam entregar os alimentos. Afirmou também que as visitas poderão ocorrer normalmente no próximo dia 19.

A presidente da Comissão  solicitou o fornecimento pela Delegacia de uma relação dos presos condenados, que deveriam estar abrigados em unidades penais. A listagem de 38 nomes deverá ser fornecida pela Delegacia com os números de cadastro, para que a comissão possa fazer os encaminhamentos necessários para a inclusão desses presos no sistema penitenciário do estado do Paraná.  Lúcia Beloni já oficiou o diretor do Depen, Cezinando Paredes, com cópia para o delegado e o superintendente, pedindo a transferência imediata dos presos.

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