A programação da IV Conferência Nacional da Mulher Advogada contou com um debate sobre novos nichos de mercado na tarde da sexta-feira (15/3). O diálogo, mediado pela conselheira federal Luciana Mattar Vilela Nemer (OAB/MT), contou com a participação da coordenadora da Escola Superior de Advocacia da OAB Paraná, Marília Pedroso Xavier.
“Sem sombra de dúvidas dedicar alguns painéis a para debater novos nichos é algo absolutamente pertinente e necessário”, afirmou a coordenadora da ESA. “Quando falamos em novos nichos, muitas vezes imaginamos coisas afetas ao futuro, a áreas desconhecidas e que é preciso ter um tino para o negócio”, pontuou.
Marília discorreu sobre sua área de atuação, que é o Direito de Família e Sucessões. Diante da espetacularização do direito e do prestígio aos litigantes, ela afirmou que a principal inovação seria retomar a urbanidade e a capacidade de encontrar equilíbrio nas relações. “Precisamos assumir um compromisso urgente e coletivo de reumanizar o Direito de Família e Sucessões”, afirmou.
A advogada observou que, mesmo a área de família sendo uma das que mais tem profissionais atuando, é possível inovar. “Estude mediação, conciliação, olhe para as causas subjacentes do conflito”, aconselhou. Ela também convidou o público a refletir: “O punitivismo ajuda em alguma coisa? Ou temos muito mais de pensar em um paradigma dialógico? E isso não se trata só do extrajudicial, mas também de atuar com uma perspectiva preventiva”, concluiu.
As conselheiras federais Ana Carolina Naves Dias Barchet (OAB/MT) e Gisele Lemos Kravchychyn (OAB/SC) também deram suas contribuições sobre o tema, destacando áreas como X,Y e Z. Também compuseram o painel as conselheiras federais Rebeca Sodré de Melo da Fonseca Figueiredo (OAB/PB) e Cintia Schulze (OAB/RR).