Desagravo público reúne dezenas de advogados no Fórum Criminal

Um ato de desagravo público à advogada Priscilla Placha Sá reuniu, no início da tarde desta sexta-feira (17), dezenas de advogados criminalistas em frente à sala de audiências da 1ª Vara Criminal de Curitiba. Os advogados manifestaram a solidariedade da classe à advogada pelos constrangimentos que sofreu, no exercício da profissão, pelo promotor de justiça Guilherme de Albuquerque Maranhão Sobrinho e pela magistrada Elizabeth Nogueira Calmon de Passos. Durante audiência na 1ª Vara Criminal, Priscilla Placha Sá teve documentos de cliente apreendidos fora das hipóteses legais por ordem da juíza, que havia acolhido uma demanda do promotor.
A nota de desagravo foi lida pelo presidente da OAB Paraná, José Lucio Glomb, que garantiu que a OAB não se curvará diante das ofensas às prerrogativas da advocacia. “Seremos intransigentes na defesa das prerrogativas, porque elas representam o direito dos cidadãos. Agora esperamos que esses atos não se repitam”, disse Glomb.
De acordo com Priscilla Placha, houve total apoio da presidência da Câmara de Prerrogativas, por meio de seu presidente Juliano Breda, que foi comunicado durante a ocorrência, bem como do presidente da Seccional, que determinou a tramitação urgente do desagravo, conforme prevê a lei. “O cumprimento do desagravo é uma demonstração de que os advogados são essenciais ao Estado que se pretenda democrático e a OAB mais uma vez deixou isso evidente”, afirmou.
Os advogados que acompanharam o desagravo também enfatizaram a necessidade da classe manter-se unida pelas prerrogativas. “Esta é uma manifestação singela,  mas essencial para  mostrar que as autoridades precisam respeitar as liberdades para que possamos viver num espaço democrático”, afirmou o professor Jacinto Nelson de Miranda Coutinho, presidente da Comissão dos Advogados Criminalistas da OAB Paraná.
O número de advogados criminalistas que participaram do desagravo – em torno de 40 pessoas – foi significativo. “Esse ato demonstrou a força da advocacia paranaense e a preocupação dos advogados com a cidadania”, disse o advogado Francisco Monteiro Rocha Júnior.

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