Empresário e ex-policial foram presos acusados de matar advogada em Curitiba

Após cinco anos a Secretaria de Segurança Pública do Paraná divulgou a prisão de envolvidos no assassinato da advogada Kátia Regina Leitte Ferraz, ocorrido em fevereiro de 2010. Um ex-policial e um empresário foram presos na terça-feira (14) acusados de matarem a advogada Kátia Regina Leitte Ferraz, de 44 anos, em um condomínio do bairro Boa Vista, em Curitiba. De acordo com a Delegacia de Homicídios de Maior Complexidade (DHMC) pertencente a Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), a dupla foi presa após um trabalho do Instituto de Identificação do Paraná, que usou fragmentos de digitais para chegar até eles, incluindo o sistema AFIS/Morpho – Sistema Automatizado de Identificação de Impressão Digital, resultado de uma parceira entre o Instituto de Identificação, Polícia Federal e Secretaria Nacional de Segurança Pública (SESNAP) do Ministério da Justiça.

Desde o crime, a OAB Paraná cobrou a investigação dos fatos e acompanhou o caso, pois havia fortes indícios de que a motivação havia sido a atuação profissional da advogada durante um processo de separação judicial, onde ela defendia a ex-esposa do empresário detido esta semana.

Segundo o delegado Marcelo Lemos de Oliveira da DHMC, Kátia foi assassinada de forma cruel por exercer sua função e defender uma cliente contra o empresário. “Como ela havia ajuizado várias ações contra o empresário Vanderson Benedito Correa isso fomentou um ódio contra ela que culminou neste crime brutal”, disse o delegado em entrevista para Rádio Banda B.

O outro preso, Flávio Vasques Oliveto, era policial militar lotado na Rone na época do crime. Dois anos depois ele chegou a ingressar na Polícia Civil, mas foi exonerado por corrupção. “Na época já se sabia que o crime tinha sido praticado por um profissional pelas características do local. Após um trabalho brilhante do Instituto de Identificação, chegamos até o policial que realizou o disparo a mando de Vanderson”, explicou o delegado Marcelo Lemos de Oliveira.

Ex-advogada da Paranaprevidência, Kátia foi morta com cinco tiros na cabeça quando saía do condomínio onde morava. O assassinato aconteceu na manhã do dia 24 de fevereiro de 2010. A advogada atuou como secretária-geral adjunta na Subseção de Curitiba, no triênio 1998-2000.

A OAB Paraná acompanhou de forma efetiva e isenta as investigações deste crime por meio da Comissão de Vítimas de Crimes e Segurança Pública, presidida pelo advogado Almir Siqueira Mendes. A Comissão acompanhou a investigação, se reuniu diversas vezes com o delegado Rubens Recalcatti e a delegada responsável pelo caso no início, Vanessa Alice, e em vários momentos repassou informações para os órgãos de polícia e para o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), recebidas, principalmente, no atendimento público semanal feito pela Comissão. A Seccional também cobrou o andamento das investigações quando percebia que o inquérito policial estava parado. “Neste caso, houve uma colaboração efetiva da Comissão com órgãos da Segurança Pública e do GAECO”, afirmou o presidente da Comissão da Seccional, destacando o competente trabalho de perícia e de preservação do local do crime realizado na ocasião pelo Instituto de Criminalística do Paraná, o que possibilitou a identificação dos acusados.

Os dois detidos agora estão com prisão preventiva decretada e ficam à disposição da Justiça.

Com informações da Rádio Banda B e da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná

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