O evento, realizado na sede da ACP, contou com a presença de integrantes da Comissão da Mulher Advogada da Seccional, presidida por Daniela Ballão Ernlund, que promovem, em parceira com a AAMA e a Caixa de Assistência dos Advogados (CAA/PR), uma série de ações na Seccional de conscientização e combate ao câncer de mama, dentro da Campanha Outubro Rosa. Leia mais aqui.
A advogada Valéria Cássia Lopes abordou temas ligados ao câncer de mama, alertando sobre as leis em vigor, mas não aplicadas como deveriam, e as dificuldades que as mulheres de baixa renda enfrentam com os gastos do tratamento, os preconceitos e a burocracia imposta pela Previdência Social. “Hoje estamos aqui discutindo um tema que aflige mulheres de várias classes sociais, e na condição de mulheres que ocupam posição de liderança na sociedade, é nosso dever conduzir e legislar em prol das menos favorecidas e mudar essa triste realidade”, advertiu.
Na ocasião, Valéria relatou que teve a doença aos 28 anos e que, felizmente teve condições de fazer um tratamento adequado porque tinha plano de saúde. Lamentou, entretanto, as mulheres que não procuram ou não são atendidas de maneira adequada pela saúde pública. Criticou o término dos programas Mãe Curitibana e Mama Nenê.
“As autoridades precisam se conscientizar que o tratamento preventivo é mais eficaz e menos oneroso. Assim não se entende como programas como esse tenha sido suspensos, pois isso significa um retrocesso”, afirmou, lembrando que os homens, mesmo em menor proporção, também aparecem nas estatísticas do câncer de mama.
Segundo os dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que este ano haverá aproximadamente 50 mil novos casos de câncer no Brasil, e que a cada dez mulheres diagnosticadas quatro delas terão câncer de mama. Esse índice é um dos maiores do mundo.
Amigas da Mama – A Associação das Amigas da Mama (Aama) foi fundada em 2001 por um grupo de mulheres que desenvolveram o câncer de mama e se conheceram durante o tratamento. Hoje as voluntárias que já passaram pela doença, apoiam e auxiliam o tratamento de outras mulheres e o resgate da autoestima, o que é muito importante para enfrentar a doença.

