Exame de Ordem deve exigir raciocínio, afirmam advogados

Vencido o debate sobre a constitucionalidade do Exame de Ordem, foi dado início na manhã desta quarta-feira (23) às discussões acerca do aperfeiçoamento do exame de suficiência. O tema foi debatido em painel especial com a presença da secretária-geral adjunta da OAB Paraná, Juliana Colle Bretas, que ressaltou em sua fala os pontos a serem aperfeiçoados na prova objetiva do Exame de Ordem.
 
Na avaliação da advogada, a unificação em âmbito nacional do exame foi o primeiro passo para o aperfeiçoamento.  “A redução do número de questões também foi importante para que as questões ganhassem mais qualidade e os candidatos ganhassem mais tempo”, disse.

“Com a formatação cada vez mais adequada é preciso pensar agora no perfil da prova objetiva. No que diz respeito ao grau de dificuldade, a prova deve ser equilibrada, com questões fáceis, médias e difíceis. Exigir conhecimento sem raciocínio não é o ideal, portanto as questões devem avaliar a capacidade de compreensão e interpretação, não a memória de dispositivos legais”, sustentou Juliana Colle. 

A experiência do exame de suficiência no mundo foi tema de palestra do advogado Egon Bockmann Moreira. O palestrante falou sobre  os exames de suficiência na França, Portugal e Japão, muito mais rigorosos que no Brasil. Nesses países há limite de tentativas para prestar o exame, concomitantes a um estágio profissional supervisionado, que varia de um a dois anos. Na França, por exemplo, após o bacharel prestar o exame, participa anualmente de 20 horas aulas de atualização e aperfeiçoamento, de caráter obrigatório.

 

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