Homenagens a grandes juristas marcam o encerramento do maior encontro da advocacia brasileira

A XXII Conferência Nacional dos Advogados terminou nesta quinta-feira (23) com homenagens a grandes nomes do Direito brasileiro e palestras dos juristas Antonio Nabor Areias Bulhões e Celso Antonio Bandeira de Mello. O maior evento jurídico do país reuniu mais de 15 mil advogados no Rio de Janeiro, em discussões sobre temas do Direito Civil, Direito Penal, Poder Judiciário, ensino jurídico, controle da Administração Pública, ética na advocacia, valorização de honorários, entre  outras bandeiras da OAB.

A participação da OAB Paraná foi marcante ao longo dos quatro dias de evento. Os paranaenses foram proporcionalmente a terceira maior delegação do fórum de debates, com mais de 400 advogados presentes. O estande da Seccional foi um dos mais visitados. O espaço se transformou num ponto de encontro de advogados de vários estados.

Encerramento – O jornalista e escritor brasileiro especializado em biografias, Lira Neto, abriu a solenidade de encerramento do evento. O autor falou sobre o Estado de Direito no Brasil e o período Getúlio Vargas, destacando a figura contraditória e fatalista do ex-presidente do país.

O jurista Paulo Roberto de Gouvêa Medina, medalha Rui Barbosa desta edição da Conferência Nacional, falou na sequência, salientando a luta empreendida pelo ícone do Direito pela valorização da advocacia, realização do Direito e consagração da Justiça.

A OAB Nacional também prestou uma homenagem aos patronos da XXII Conferência Nacional dos Advogados, os criminalistas brasileiros Evandro Lins e Silva e Heleno Fragoso, precursores da advocacia criminal e defensores da liberdade.

A manhã também foi marcada por duas homenagens especiais aos juristas Paulo Bonavides e José Ribeiro de Castro Filho. Um dos maiores constitucionalistas do Brasil, Bonavides afirmou em seu discurso de agradecimento que o sistema político passa por uma crise que abala as instituições. “A injustiça, associada à corrupção, é uma das grandes responsáveis pela crise da cidadania que vivemos hoje. Apenas com a Constituição, a liberdade, a governança e a paz social hão de permanecer”, afirmou.

Nas conferências de encerramento, os juristas Antonio Nabor Areias Bulhões e Celso Antonio Bandeira de Mello fizeram uma retrospectiva das constituições brasileiras de 1934 e 1946,  destacando a preocupação histórica da OAB com a efetivação dos direitos previstos na Constituição de 1988.

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