Os jovens de classe média com idade entre 17 e 24 anos são os principais alimentadores das redes de pedofilia na internet. O dado foi apresentado pelo delegado Demétrius Gonzaga de Oliveira, do Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Paraná (Nuciber), durante o Fórum sobre Pedofilia e Pornografia Infanto Juvenil na Internet, na tarde desta quinta-feira (19), na sede da OAB Paraná, em Curitiba. Conforme explicou o delegado, o estudo revela que o perfil dos compradores é diferente dos produtores. “Normalmente são solteiros, com idade superior a 40 anos”, disse.
Segundo Demétrius de Oliveira, o material disponibilizado na rede mundial é muito rentável aos produtores. A foto de uma criança ou adolescente pode ser comercializada por U$ 100,00. Um vídeo com cinco minutos de duração chega a custar U$ 1 mil no mercado da pedofilia. Ainda durante o painel “Pornografia infanto-juvenil”, o delegado abordou questões como o chamado cyberbullying, prática desenvolvida na internet que busca humilhar ou ridicularizar um indivíduo, e tratou dos novos crimes virtuais que estão chegando ao país, como é o caso do Stalking Behavior (comportamento de perseguição).
O advogado Rodrigo Cavagnari também participou das discussões do painel e fez uma relação entre os casos de pornografia infanto-juvenil e o entendimento desses crimes sexuais pelo Código Penal Brasileiro.
As discussões do Fórum sobre Pedofilia e Pornografia na Internet continuam nesta sexta-feira (20). Confira a programação aqui.