OAB Paraná acompanha situação da PCE depois de motim

Integrantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB Paraná passaram o dia desta sexta-feira (15) na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, acompanhando as negociações e a rendição dos presos que se rebelaram na noite de quinta-feira (14). Os advogados Isabel Kugler Mendes e Estevão Gutierrez Brandão Pontes participaram das negociações para o fim do motim. Eles permaneceram na penitenciária para acompanhar a contagem dos presos, a avaliação dos estragos e vítimas da rebelião.
Segundo a advogada Isabel Kugler Mendes, a principal preocupação da OAB foi exigir garantias à integridade física de presos e agentes penitenciários ao final da rebelião. O presidente da OAB Paraná, José Lucio Glomb, disse que a instituição já estava mobilizada desde a tarde de quinta-feira (14), quando recebeu informações do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná sobre a retirada da Polícia Militar da PCE. Glomb entrou em contato com o coordenador do Departamento Penitenciário do Paraná, Cezinando Paredes, que confirmou a informação. Segundo o presidente da OAB Paraná, os relatos eram de um clima de apreensão por conta da retirada dos PMs da segurança interna da unidade.
Glomb determinou que integrantes da Comissão de Direitos Humanos realizassem uma visita à PCE nesta sexta-feira (15), porém a rebelião teve início antes. A OAB Paraná passou, então, a participar das negociações entre os presos rebelados e a direção da penitenciária. Os detentos reivindicam transferências para unidades de outras cidades ou estados, assim como a revisão de penas a que vários deles têm direito, mas que não é executada por falta de assistência jurídica. Há anos a OAB defende a implantação de uma Defensoria Pública regulamentada no Paraná, que poderia amenizar problemas de superlotação no sistema carcerário e promover atendimento jurídico adequado à população carente do estado.

 oto: Joel Cerizza – AE Notícias

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