O Instituto Paranaense de Direito Eleitoral (IPRADE), em parceira com a OAB Paraná e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), promoveram na segunda-feira (23) uma mesa redonda sobre propostas de reforma política com o senador paranaense Sérgio Souza, o deputado federal André Vargas e o deputado federal Marcelo Almeida, coordenador da bancada do Paraná no Congresso Nacional. Cada parlamentar teve 15 minutos para apresentar suas ideias e propostas. Na sequência o debate foi aberto ao público, que participou com perguntas e sugestões.
A discussão integrou a série de eventos que o IPRADE, em parceria com a Comissão de Responsabilidade Social e Política da Seccional e a Escola Judiciária Eleitoral (EJE), irá realizar até as eleições de 2014. O debate teve a presença do juiz de direito Márlon Reis, do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), autor da Lei da Ficha Limpa, que apresentou a Proposta de Reforma Política Eleições Limpas, centrada no financiamento público de campanhas eleitorais e na eleição proporcional em dois turnos com voto em lista.
“O nosso objetivo ao organizar o evento era promover um debate multidisciplinar. Tivemos uma conversa franca e aberta com os parlamentares que representam a população paranaense no Congresso Nacional. A partir da discussão foi possível fazer uma leitura do que acontece no Congresso. E o mais importante é que este debate auxilie os parlamentares em suas propostas futuras”, destacou o presidente do IPRADE, Guilherme Gonçalves.
Gonçalves conduziu os debates ao lado do presidente do TRE, desembargador Rogério Coelho; do juiz Márlon Reis; do coordenador do Centro de Apoio operacional de Direito Eleitoral do MP, Armando Sobreiro Neto; e do advogado membro da Comissão de Direito Eleitoral da Seccional, Orlando Moisés Pessuti.
Para o coordenador da Escola Judiciária Eleitoral do Paraná, Fernando José dos Santos, a sociedade civil está atenta ao cenário político e quer contribuir. “Nosso papel enquanto integrantes de instituições com missão e papel relacionados à educação, política e cidadania, é funcionarmos como facilitadores, gerando esta integração. Trata-se de um debate contínuo, que precisa efetivamente de participação da sociedade”, explicou Santos.
“Os parlamentares paranaenses precisam incluir a sociedade no debate. Vivemos uma crise de representatividade no Congresso e o debate demonstra que mudanças pontuais na legislação eleitoral não são suficientes, é preciso uma mudança em todo o conjunto. Aí notamos um pessimismo geral entre os deputados”, sustentou a presidente da Comissão de Responsabilidade Social e Política, Zuleika Giotto.

