O presidente do Conselho Federal da OAB, Ophir Cavalcante, está em Curitiba para participar do ato público que acontece às 18 horas desta terça-feira (8), a partir das 18 horas, na Boca Maldita, região central da capital paranaense. Em entrevista à imprensa, o presidente da Ordem elogiou a campanha O Paraná que Queremos, iniciada pela OAB Paraná, e disse que vê a situação com preocupação, em função das denúncias publicadas pela imprensa que apontam contratação irregular de funcionários e desvios de recursos acima dos R$ 100 milhões na Assembléia Legislativa do Paraná. “Não é uma situação exclusiva no Brasil. Em geral os legislativos estaduais são uma caixa fechada que aos poucos começam a se abrir. A sociedade está aos poucos abrindo isso. Mas tem estado com situações melhores que pelo menos fazem concurso público para contratar funcionários. A Assembléia Legislativa do Paraná não faz concurso desde 1962”, comentou o presidente do Conselho Federal. Ophir Cavalcante destacou também que o “Estado tem que criar burocracia técnica do estado e não de quem exerce o cargo. É essa profissionalização que está em questão. Como está hoje só faz inchar quadro de funcionários”, afirmou Cavalcante. O presidente do Conselho Federal disse que veio ao Paraná para contribuir por uma causa da sociedade brasileira. “A luta contra a corrupção é de toda sociedade brasileira. O Paraná dá exemplo hoje com esta manifestação, o grito do Paraná será ouvido no Brasil”, declarou Cavalcante.
Durante a entrevista para imprensa, o presidente da OAB Paraná, José Lucio Glomb, apresentou quatro medidas, consideradas indispensáveis pelas entidades representativas que integram o movimento, que a Assembléia deveria assumir imediatamente, como apresentação e aprovação do projeto “Lei da Transparência” ; contratação pública imediata de entidade de renome nacional para realizar levantamento da gestão administrativa (custos operacionais, patrimonial e pessoal) da Assembléia Legislativa; implementação imediata de ação administrativa para o preenchimento de todos os cargos de rotina administrativa a servidores concursados e implementação imediata da ação administrativa, com a possibilidade de apenas uma recondução.. “Nós sugerimos de imediato que a Assembléia contrate uma grande assessoria para fazer uma auditoria, investigar o passado. Queremos que no futuro a situação seja melhor” comentou José Lucio Glomb.
Sobre o número de participantes no ato, o presidente da Seccional disse que espera um grande número de participantes, mas na verdade está mais preocupado com a eficácia do movimento. O presidente do conselho federal completou: “Independente do número de pessoas é um movimento irreversível. A mobilização da sociedade deve ser permanente. É a sociedade quem vai quem vai pautar quem exerce cargo público. Deve ser destacado o conceito de que a sociedade é dona de tudo, e não um grupo de poucos é lembrou que é dever da pessoa eleita exerce mandato cargo público”

