As advogadas e acadêmicas do Projeto “Mulheres pelas Mulheres”, apresentaram nesta sexta-feira (24) o trabalho desenvolvido pelo grupo aos membros da Coordenadoria Nacional de Acompanhamento do Sistema Carcerário (Coasc) do Conselho Federal da OAB. Foram abordados as temáticas do envolvimento da mulher no tráfico de drogas, a maternidade e o cárcere, e a revista vexatória a que são submetidas as mulheres que visitam parentes presos. A participação das advogadas e estudantes foi marcada por relatos de histórias reais de mulheres vítimas de violência, discursos de culpabilização da mulher e apresentação de dados estatísticos.
Iniciativa conjunta das Comissões da Advocacia Criminal e de Direitos Humanos da OAB Paraná Faculdades de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR) e UniCuritiba, o “Mulheres pelas Mulheres” trabalha com duas questões fundamentais: a divisão sexual do trabalho e a ideia de controle sobre os corpos femininos. “Nosso trabalho era no inicio uma questão puramente de assessoria jurídica, mas foi impossível não sermos solidárias com todas as mulheres que se encontram privadas da liberdade e de aspectos básicos de dignidade”, explicou a coordenadora do projeto, Priscilla Placha Sá.
No mês de março, o “Mulheres pelas Mulheres” lançou o “Dossiê: as mulheres e o sistema penal”, documento que reúne artigos das acadêmicas que participam do projeto. Foram entrevistadas mais de 500 mulheres ao longo de vários Mutirões Carcerários Femininos promovidos pelo projeto. Confira a íntegra aqui.

