Faleceu na madrugada desta quinta-feira (15) o ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Milton Luiz Pereira, aos 79 anos. Ele estava internado no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, e faleceu poucas horas depois da morte de sua esposa, Rizoleta Mary Pereira, também internada no hospital. Os dois serão sepultados na sexta-feira (17), às 10 horas, no Parque Iguaçu, onde estão sendo velados.
Prefeito, professor, magistrado. Em todas as áreas em que atuou Milton Pereira era conhecido pela sua gentileza e riqueza de vocabulário. Qualidades aliadas a uma grande modéstia e um reconhecido saber jurídico. Natural de Itatinga (SP), Milton Luiz Pereira era bacharel em Direito pela Universidade Federal do Paraná, tendo concluído cursos de aprimoramento em Direito Constitucional, Civil, Penal, Processual Civil, Comparado e Penitenciário. Teve a inscrição na OAB Paraná nº 1835, que foi cancelada em agosto de 1967, quando assumiu como juiz federal. Atuou como juiz federal substituto e titular da 2ª Vara da Seção Judiciária do Paraná, como juiz do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (1989) e presidente do TRF-3ª Região (1989/1991). Integrou o STJ em 1992 até o dia em que completou 70 anos.
Antes de abraçar a carreira jurídica, o paulista radicado no Paraná integrou o Exercito Brasileiro e administrou a cidade de Campo Mourão. Ao final do mandato, pelas realizações administrativas e desenvolvimento social e econômico experimentado, Campo Mourão foi escolhido como o Município Modelo do Paraná.
Sua carreira jurídica começou na 2ª Vara da Seção Judiciária do Paraná, como Juiz Federal Substituto. Em 1972, chegou a titular da 1ª Vara da Seção Judiciária do Paraná e a Diretor do Foro. Integrou o Tribunal Regional Eleitoral paranaense nos biênios 1975/1977 e 1983/1985. Em 1989 passou a compor Tribunal Regional Federal da 3ª Região até chegar ao Tribunal da Cidadania em 1992.
Nos dez anos que integrou o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ministro compôs a Primeira Turma, a Primeira Seção e a Corte Especial. Em pouco mais de um ano que foi Coordenador-Geral da Justiça Federal e diretor do Centro de Estudos Judiciários (CEJ), cargos que ocupava quando se aposentou, Milton Pereira aprimorou a excelência das ações desenvolvidas pelo Centro de Estudos Judiciários do Conselho, que realiza eventos, como seminários, congressos e cursos na área Jurídica e correlatas. O CEJ passou a ser à época a única instituição do Poder Judiciário Federal com atribuição específica de desenvolver pesquisas. As pesquisas sobre a Lei dos crimes de lavagem de dinheiro e o Atlas da Justiça Federal são exemplos disso.
Fonte: Com informações do STJ
