Depois do apoio, a fiscalização. Representantes de diversos segmentos da sociedade paranaense estão atentos aos desdobramentos da campanha para que Curitiba seja uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Reunidos nesta terça-feira (17) na OAB Paraná, em Curitiba, eles conheceram o projeto e se comprometeram a acompanhar de perto a execução de todas as obras e a aplicação de recursos para garantir que o Mundial assegure benefícios sociais para a população de Curitiba e do Paraná.
A convite da OAB Paraná, o Comitê Executivo de Curitiba para Assuntos da Copa do Mundo apresentou um resumo de tudo o que já foi feito para colocar a cidade na disputa pela escolha das sedes da competição. Dirigentes de 63 instituições da sociedade civil organizada assistiram à apresentação do coordenador do Comitê Executivo, o vice-governador Orlando Pessutti, da assessora técnica do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) Susana Lins Affonso da Costa, e do arquiteto Carlos Arcos, contratado pelo Clube Atlético Paranaense para adaptar o Estádio Joaquim Américo às exigências da Fifa.
Não é um evento apenas de futebol, mas uma oportunidade para atrair muitos investimentos para Curitiba e para o Paraná, afirma Alberto de Paula Machado, presidente da OAB Paraná. É aí que reside o interesse público. Mais importante do que apoiar a candidatura de Curitiba neste primeiro momento será o papel da sociedade civil na fiscalização e acompanhamento das ações.
Para o vice-governador Orlando Pessutti, a sociedade precisa se comprometer com a realização da Copa do Mundo e acompanhar o processo para que todos os investimentos sejam aplicados racionalmente e dentro da legalidade. Não podemos repetir aqui erros como os que se cometeram nos Jogos Pan-americano do Rio de Janeiro, diz Pessutti. Os jogos no Rio de Janeiro custaram quase dez vezes mais do que o valor inicialmente previsto.
O presidente do Instituto de Engenharia do Paraná, Luiz Claudio Mehl, também citou o Pan-americano para cobrar seriedade dos governos municipal e estadual na condução do projeto. Temos um trabalho urgente a ser feito que é dimensionar e planejar a execução desses projetos, para que os recursos não se dispersem e não se criem elefantes brancos na cidade, afirma.
A presidente da Associação Comercial do Paraná, Avani Slomp Rodrigues, diz que os dirigentes que participaram da reunião na OAB Paraná formam um grupo coeso e atuante que estará organizado para acompanhar o projeto da Copa 2014. É fundamental que haja transparência para que tenhamos a certeza de que as verbas serão aplicadas em estruturas que a população poderá usufruir depois.
Impossível imaginar que ficaremos fora do Mundial, diz Darci Piana, presidente do Sistema Fecomércio. Temos condições, mais do que outras cidades, de sediar jogos. As entidades da sociedade civil têm que fazer a sua parte e trabalhar no que for preciso. Também participaram da apresentação do projeto outros integrantes do Comitê Executivo de Curitiba para Assuntos da Copa do Mundo. Entre eles, o assessor de Assuntos Institucionais da Prefeitura de Curitiba, Luiz de Carvalho, o procurador-geral do Município e presidente do Tribunal de Justiça Desportiva, Ivan Lélis Bonilha, e o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Hélio Cury.