O III Congresso sobre Drogas: Álcool e outras drogas confrontos entre o lícito e o ilícito prosseguiu na segunda-feira com debates relacionando a questão das drogas sob o ponto de vista dos objetivos do Pacto Global da ONU. O congresso também abordou o problema do vício e suas consequências na família. O congresso é organizado pela Comissão de Políticas sobre Drogas da OAB Paraná e segue com palestras até a próxima sexta-feira (13).
O primeiro painel, sobre o Pacto Global e a questão da educação, reuniu a educadora Araci Asinelli da Luz, o cientista social Maurício Fiore e a presidente da Comissão do Pacto Global da OAB Paraná, Jaqueline Lobo da Rosa, com mediação da professora Dulce Bais. “A temática droga sempre foi invisibilizada no processo da educação, embora muito presente na dinâmica social”, observou Araci.
As consequências do uso de drogas e álcool nas relações familiares foram abordadas no segundo painel, com a participação da presidente da Comissão de Direito de Família da OAB Paraná, Adriana Hapner, da psicóloga Maria de Fátima Rato Padin, do promotor de justiça Guilherme Athayde Ribeiro Franco e de Luiz Fernando Cauduro, presidente da ONG Federação do Amor-Exigente. A mediadora foi a presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB Paraná, Bruna Saraiva.
Adriana Hapner explicou sobre os reflexos do uso de drogas no poder familiar de guarda e convivência. “Muitas vezes os pais estão passando por momentos difíceis do vício, mas não têm uma percepção real da fragilidade da situação de vida deles. Os filhos acabam por ficar abrigados por muitos anos. As tentativas de reinserção familiar não podem ser estender por muito tempo, pelos traumas a que essas crianças são submetidas”, disse a presidente da Comissão de Direito de Família.