Breda conclama entidades a levar movimento paranaense para todo o país

O presidente da OAB Paraná, Juliano Breda, conclamou na noite de sexta-feira (18) as entidades do setor produtivo de outros estados a abraçar a causa do movimento “Menos impostos, mais respeito”, liderado pela Seccional. “O movimento paranaense simboliza e resume a luta que deve ser de todo o povo brasileiro. Se a sociedade não mostrar imediatamente sua indignação contra os problemas de planejamento e gestão da administração pública, amanhã teremos outros pacotes de medidas, com os governos mais uma vez procurando aumentar as próprias receitas pela via perversa de retirar receitas do setor produtivo e dos trabalhadores”, afirmou Breda, durante a solenidade de posse da nova diretoria da FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná).
 
“É preciso reagir. Entidades que representam milhões de paranaenses são suportam mais essa situação injusta e paradoxal, em que se aumentam impostos para tentar superar uma crise econômica que é reflexo de uma crise política, penalizando empresários e trabalhadores, tirando receitas das empresas para sustentar as estruturas cada vez maiores dos governos. Vamos levar esse movimento para o Brasil todo. Ninguém suporta mais pagar mais impostos. Menos Tributos, Mais respeito”, sustentou o presidente da Seccional, em discurso bastante aplaudido.

O empresário Edson Campagnolo foi reconduzido ao cargo de presidente da FIEP e comandará a entidade pelos próximos quatro anos.  A solenidade de posse foi prestigiada por lideranças industriais do Paraná e de outros estados e representantes da classe política. Campagnolo destacou que o setor produtivo não suporta mais sustentar uma máquina pública gigantesca, que não provê condições para o pleno desenvolvimento econômico e social do país. O empresário fez um apelo para que o governador do Paraná estabeleça o diálogo com as entidades da sociedade civil e propôs que o estado dê o exemplo e reduza o número de secretarias e cargos comissionados. “Tenho presenciado muitos empreendedores que não sabem como irão manter as portas abertas. Para que a indústria seja competitiva precisamos de políticas públicas”, afirmou.

Representantes de entidades do setor produtivo de outros estados manifestaram apoio à iniciativa, indicando que o movimento irá se nacionalizar. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, destacou a organização do movimento paranaense. “A sociedade reagiu fortemente em relação à proposta de aumento da carga tributária, que aqui no Brasil já está muito elevada. Este movimento do Paraná é organizado e terá condições de influenciar iniciativas semelhantes em outros estados. Em Santa Catarina vamos conversar com a nossa diretoria nesse sentido”, destacou Côrte.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM),  Antonio Carlos da Silva, que na solenidade representou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, enalteceu o movimento “Menos tributos, mais respeito”, e convidou Juliano Breda a levar as propostas da iniciativa ao estado do Amazonas. “Espero que a OAB Amazonas também incorpore este movimento”, destacou.

Na avaliação do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais – Sistema FIEMG, Olavo Machado Junior, o movimento simboliza o anseio de instituições de todo o país, e deve ser ampliado para outros estados. “O Paraná teve a ideia que muitos estão tentando falar. Concordamos em pagar impostos sim, mas temos que pagar aquilo que é o necessário para um governo ter eficiência. Estamos alimentando uma máquina que não tem eficiência, sacrificando muitos negócios pagando contas que não nos pertencem. É um grande movimento, queremos ampliar isso para o Brasil inteiro”, afirmou.

O lançamento do movimento “Menos tributos, mais respeito” foi realizado na manhã de sexta-feira (18), na sede da Seccional. Na ocasião do lançamento do movimento, a diretoria e representantes da área técnica tributária das instituições explicaram os motivos da preocupação com as medidas fiscais anunciadas pelos governos Federal e Estadual, marcadas especialmente pelo aumento da carga tributária, sem a necessária redução dos gastos públicos, em especial a volta da CPMF, a desestruturação do sistema “S”, e no plano estadual o Projeto de Lei 662/2015 (saiba mais aqui).

A iniciativa teve início na quinta-feira (17), com a elaboração do Manifesto aos Governantes, entregue ao 1º secretário da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Plauto Miró (leia aqui a matéria completa).

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