“Temos de ser protagonistas, não vítimas da tecnologia”, diz presidente da OAB Paraná

A OAB Paraná realiza nesta quarta-feira (7/3), por meio da Comissão de Inovação e Gestão, a I Conferência Paranaense de Tecnologia e Direito. Em pauta, inteligência artificial aplicada à advocacia, ciência de dados aplicada ao Direito, uso das tecnologias a favor da atuação estratégica do advogado e ainda blockchain e suas aplicações nas negociações. Os temas estão sendo abordados por um grupo de seis palestrantes: Amanda Lima, Bruno Feigelson, Julio Trecenti, Leandro Henrique Souza, Ricardo Fernandes e Victor Bastos.

Ao abrir o evento, o presidente da OAB Paraná, José Augusto Araújo de Noronha, ressaltou o pioneirismo da seccional nos debates sobre o impacto da tecnologia na advocacia. “Realizamos aqui dois Hackathons de grande sucesso. Numa série de situações observamos que a tecnologia é uma grande aliada, como no controle da produtividade do Judiciário e na praticidade dos serviços online. No entanto, não podemos ignorar os desafios que temos pela frente. Por isso, nos lançamentos mais uma vez na linha de frente desse debate”, sublinhou.

O presidente descreveu as dificuldades enfrentadas pela classe, como o estrangulamento do mercado de trabalho e a fragilidade do ensino jurídico. Esse quadro, salientou, indica que o tema da tecnologia é importante e urgente para a advocacia. “Temos de ser protagonistas, não vítimas da tecnologia”.

O presidente da Comissão de Inovação e Gestão, Rhodrigo Deda Gomes, destacou sua gratidão pela atenção dada pela seccional aos temas disruptivos e reforçou a mensagem de Noronha ao afirmar que OAB do Paraná sai na frente de novo. “A advocacia tem papel central. É quem vai dizer o Direito em qualquer cenário, porque é a advocacia que vê a dor do cliente”, afirmou. “Somos uma comunidade que precisa decidir onde quer chegar. Sem propósito não há avanços”, pontuou. Deda também agradeceu aos palestrantes e aos membros de sua comissão pela dedicação que permitiu a realização da conferência.