Nascida do desejo de advogados pioneiros do Sudoeste do Paraná que queriam fortalecer seu vínculo com a comunidade local, a subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Pato Branco, presidida pelo advogado Eduardo Munaretto, completará 40 anos no próximo dia 30 de setembro. Para celebrar a data, uma sessão solene será realizada na subseção já no próximo dia 2, às 19 horas, com a presença do presidente da OAB Paraná, José Augusto Araújo de Noronha. Jantar e baile completam as comemorações.
“A subseção de Pato Branco completa quatro décadas com muitos serviços prestados aos advogados e à sociedade local. A advocacia de Pato Branco empresta bons integrantes para a seccional da OAB e para o Conselho Federal, sendo Cassio Telles o atual vice-presidente da Comissão Nacional de Prerrogativas da OAB, uma das mais importantes do sistema”, destaca Noronha. “O presidente Munaretto, com toda a sua diretoria, tem atuação destacada e segue os passos dos que lhe antecederam, sempre na busca pela inclusão dos advogados nas decisões da OAB e na incansável luta pela valorização profissional. A subseção de Pato Branco se destaca pelos méritos próprios e contará sempre com o apoio da OAB Paraná”, completa o presidente da seccional.
Luta pela terra
O aniversário de 40 anos da criação da subseção de Pato Branco coincide com a lembrança de outro fato histórico importante para o Sudoeste do Paraná: Os 60 anos da revolta dos posseiros. Esse movimento popular nascido em Pato Branco a 9 de outubro de 1957 estendeu-se por toda a região até a cidade de Barracão, na fronteira com a Argentina, com o objetivo de repelir os jagunços das companhias de terras que estupravam mulheres, matavam e expulsavam agricultores. Foi um dos raros conflitos dos quais os posseiros saíram vencedores, sendo que em 1961 o governo federal desapropriou as terras e no ano seguinte titulou 56.917 lotes, concedendo o domínio aos legítimos proprietários.
“Não por mera coincidência, portanto, a advocacia do Sudoeste do Paraná, em especial a de Pato Branco e a das comarcas também congregadas pela subseção – Clevelândia, São João, Coronel Vivida e Chopinzinho – é forjada na luta e na coragem. Até o hino de Pato Branco ressalta, na sua primeira estrofe, que a gente é de coragem, de valor e de ação”, diz Munaretto.
Voz da sociedade
Para o presidente da OAB Pato Branco, há muito a ser comemorado neste aniversário de 40 anos, pois a entidade não é meramente um órgão de classe voltado ao exercício profissional, mas anda de braços dados com a sociedade, defendendo as liberdades e direitos dos cidadãos, muitas vezes dos mais humildes. Ele parabeniza diretores do passado e do presente, conselheiros e membros de comissões pela história de lutas, construída com a dedicação conjunta de tantos advogados e advogadas que honraram e honram o compromisso de defesa do estado democrático de direito e de luta por uma sociedade mais justa, com uma OAB para os advogados e para a sociedade.
Origem
A sessão solene de instalação da subseção de Pato Branco ocorreu em 1977 no salão do Júri do antigo Fórum da Comarca, que funcionava em modesta construção, onde hoje está a Câmara de Vereadores, na Rua Araribóia. Diversas autoridades participaram do ato, dentre elas o desembargador Ariel Ferreira do Amaral da Silva, o então presidente da OAB Paraná, Eduardo Rocha Virmond, o deputado federal Nilson Romeu Sguarizzi, juízes e advogados, dentre outras autoridades. A primeira diretoria empossada foi presidida pelo advogado Jacinto Simões, tendo como vice-presidente Lamartine Augusto, como secretário Guido Victor Guerra e como tesoureiro Egídio Munaretto. De lá para cá a subseção também foi presidida por Guido Victor Guerra, Osvaldo Boareto, Nelson Sguarezzi, Luis Fernando de Oliveira Vianna, Adair Casagrande, Cassio Lisandro Telles, Andrey Hegert, Augusto Renato Penteado Cardoso, Erlon Antônio Medeiros, Luis Antônio Corona. Atualmente, além do presidente Eduardo Munaretto, a diretoria é composta pela vice-presidente Ludmila Defaci, pelo secretário-geral Rafael Scabeni, pela secretária-geral adjunta Telismara de Fátima Silvestre e pelo tesoureiro Jânio Santos de Figueiredo.
