OAB-PR lamenta morte de Dom Paulo Evaristo Arns

A OAB Paraná lamenta o falecimento do Arcebispo Emérito de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, cuja trajetória ficou marcada pela defesa dos direitos humanos e do Estado Democrático de Direito, no auge da ditadura militar.  O Conselho Federal da OAB decretou luto de três dias pela morte do arcebispo.

Em 1972, Dom Paulo Evaristo Arns criou a Comissão Justiça e Paz de São Paulo e, como presidente regional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), liderou a publicação do “Testemunho de paz”, documento com fortes críticas ao regime militar que ganhou ampla repercussão à época. Presidiu celebrações históricas na Catedral da Sé, no Centro de São Paulo, em memória de vítimas da Ditadura Militar.

Também teve papel importante em favor das vítimas da ditadura na Argentina, em 1976. O ativista de direitos humanos argentino Adolfo Perez Esquivel, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1980, disse que foi "salvo duas vezes" por dom Paulo Evaristo Arns durante a ditadura no Brasil.

Em 1985, criou a Pastoral da Infância, com o apoio de sua irmã, Zilda Arns, que morreu no terremoto de 2010 no Haiti, onde realizava trabalhos humanitários.

Em 2004, na primeira sessão do Conselho Pleno da gestão do ex-presidente Roberto Busato, Dom Paulo enviou uma mensagem de reconhecimento e agradecimento ao papel da entidade e da advocacia durante a ditadura, momento em que "o socorro jurídico era tão difícil."
 

Com informações do Conselho Federal da OAB

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