Eventos marcam os “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” na OAB Paraná

Às vésperas do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, celebrado a 25 de novembro, a OAB Paraná realiza eventos que promovem profundo debate sobre tema. As atividades integram o calendário dos “21 Dias de Ativismo pelo fim da Violência Contra as Mulheres”. Internacionalmente, a campanha começa em 25 de novembro e é encerrada a 10 de dezembro, data da proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos. São 16 dias dedicados às questões. No Brasil, porém, em razão da dupla vulnerabilidade da mulher negra, a campanha tem início em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. Assim, contamos com os 21 dias de ativismo, também chamados de “16+5 dias”.

Ainda antes desse período, a OAB Paraná promoveu em seu auditório na noite de 16 de novembro um debate sobre a temática do filme “Proibido nascer no paraíso”, dirigido por Joana Nin, sobre autonomia, partos e direitos reprodutivos. Além da cineasta, participaram da reflexão sobre violência obstétrica a doula Patricia Teixeira, a enfermeira Juliana Mittelbach, a defensora pública Mariana Martins Nunes e a médica Natália da Costa Rosa. Aberto pela presidente da seccional, Marilena Winter, o evento foi realizado pela Comissão das Mulheres Advogadas (CMA) e contou com o apoio de mais seis comissões – Estudos sobre Violência de Gênero, Direito à Saúde, Direitos Humanos, Igualdade Racial, Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e Diversidade Sexual e de Gênero.

Na segunda-feira (21/11), um diálogo mediado pela advogada Sandra Lia sobre julgamento com a perspectiva de gênero norteou um dos eventos que integram a série de atividades promovidas pelas comissões da seccional. A advogada Melina Fachin enalteceu a importância de assumir os 21 dias de ativismo como uma ação própria da agenda do sistema de justiça brasileiro e destacou a relação direta entre o direito internacional dos direitos humanos e o direito constitucional brasileiro. Ela pontuou ainda a relevância de trazer à discussão a perspectiva interseccional, lente fundamental para guiar a interpretação e a aplicação da lei em sua avaliação.

Também esteve em pauta a perspectiva do Poder Judiciário na aplicação do Protocolo de Julgamento com a Perspectiva de Gênero, um guia elaborado para nortear a atuação jurisdicional de magistrados. O tema foi abordado pela magistrada federal Tani Maria Wurster. O evento foi transmitido ao vivo e está disponível no canal da OAB Paraná no Youtube.

As próximas atividades da CEVIGE e da CMA  alusivas ao  calendário dos “21 Dias de Ativismo pelo fim da Violência Contra as Mulheres” estão agendadas para os dias 29 de novembro e no dia 14 de dezembro. Na terça-feira (29/11), a OAB Paraná promove um diálogo sobre “Violência Sexual Feminicida”, às 19h00, com a advogada Sandra Lia Bazzo Barwinski e a socióloga Silvana Aparecida Mariano. Saiba mais no portal www.oabpr.org.br/Eventos.

 

Na OAB nacional, combate à violação de prerrogativas também é alvo da campanha

A vice-presidente da comissão, Rejane Sánchez esteve presente à cerimônia de lançamento realizada na noite de 21/11 na Câmara dos Deputados, em Brasília, e anunciou que a OAB participará com diversas frentes durante os 21 dias de atividades.

"Vamos avaliar, apoiar e dar retaguarda às CMAs das seccionais. Tanto que estamos realizando o Colégio de Presidentes da CMAs. As presidentes estão realizando ações em seus estados e também nas subseções. Além disso, nos eventos de outras entidades, em que estamos participando, auxiliamos com o suporte jurídico e técnico, naquilo que for possível, defendendo a inclusão da advocacia em todo o processo que envolva violência doméstica e familiar, de acordo com a própria Lei Maria da Penha, no seu art. 27, que exige a participação de uma advogada e de um advogado acompanhando a vítima em todo o processo desde o inquérito até o final do processo judicial ”, afirmou Rejane.

A vice-presidente da comissão destacou que a OAB também atuará na divulgação dos canais de denúncia para os casos de violação de prerrogativa das advogadas, que muitas vezes são silenciadas durante seu ofício.
Accessibility Menu
Digital Accessibility by \ versão