“Tais atos devem ser repelidos pelas forças de segurança de acordo com as disposições legais. É hora de encerrar de uma vez por todas os intentos contra o Estado Democrático de Direito no país. Somente assim será possível buscar a pacificação necessária ao Brasil. Para isso, é preciso que os artífices dos levantes golpistas sejam identificados e punidos, sempre tendo acesso ao devido processo, à ampla defesa e ao contraditório”, diz um trecho da nota veiculada no dia 8.

Para a presidente da OAB Paraná, um ponto importante a ser administrado pelo STF refere-se aos inquéritos abertos desde 2019. “A OAB vem defendendo de forma efetiva a garantia das prerrogativas da advocacia. Dentre os aspectos que se necessitam avaliados estão os limites de atuação monocrática e o limite de duração dos procedimentos. Temas que sabemos complexos, mas que se espera sejam enfrentados. Em que pese terem sido identificadas ameaças — lamentavelmente, concretizadas — que acabaram por confirmar a necessidade da pronta defesa do Estado Democrático, esses inquéritos, além das garantias processuais já mencionadas, precisam ter prazo para encerrar. Isso contribuirá para o retorno à normalidade”, observa Marilena Winter.

Agenda

Os episódios de 8 de janeiro levaram a presidente do STF, ministra Rosa Weber, a optar por uma pauta mais enxuta (veja quadro abaixo), de modo a não sobrecarregar a agenda da corte no momento em que a atenção dos ministros também precisa se voltar para o monitoramento da normalidade democrática.

 

— Leia também o artigo “O inquérito do fim do mundo”, publicado em agosto de 2020 por Cássio Telles, então presidente da OAB Paraná.