Confira a primeira entrevista concedida por Bettega como presidente do TJ

Após a solenidade de posse, o desembargador Renato Braga Bettega concedeu sua primeira entrevista coletiva como presidente do Tribunal de Justiça.

Quais suas propostas como presidente do Tribunal de Justiça?

Minhas propostas foram encaminhadas a toda a magistratura, tanto do primeiro quanto do segundo grau, e o foco central é em uma gestão adequada de pessoal de recursos humanos. Pretendemos sempre estar voltados à boa prestação jurisdicional, afinal essa é a atividade-fim do Poder Judiciário. Vamos, então, dar prioridade ao que nos leve a uma prestação adequada e célere em todo o Paraná.

A OAB aponta o problema da falta de servidores em algumas comarcas, o que leva serviços simples, como a expedição de alvarás, a demorar muito. Há planos de novas contratações para repor esse pessoal em falta?

O desembargador Paulo Vasconcelos, que terminou o mandato, já baixou um edital para um concurso que visa contratar 100 servidores técnicos judiciários para o primeiro grau. Realmente algumas comarcas têm uma deficiência. Outras, não. É preciso fazer estudos para que possamos equalizar essa força de trabalho, distribuindo-a para que casos como o mencionado não ocorram.

O presidente Paulo Vasconcelos falou na parceria do TJ com a Assembleia Legislativa. Isso deve seguir na sua gestão, desembargador?

Eu não diria uma parceria, mas temos de manter um diálogo franco, direto e transparente não apenas com a Assembleia, mas também com o governo do estado. O presidente do Tribunal de Justiça é respaldado pelo voto dos 120 desembargadores e representa os interesses da corte junto à Assembleia e o governo. Isso será buscado com o diálogo permanente e direto.

O que mais a população pode esperar do Judiciário, já que popularmente se diz que a Justiça é lenta?

A Justiça é demorada, muitas vezes pelo número de processos. As demandas aumentam a cada ano. Na magistratura de primeiro grau pretendemos fazer essa equalização da força de trabalho, informatização e padronização de rotinas de trabalho no primeiro grau.

Em relação à proposta de reduzir o número de cadeiras do Órgão Especial, que andamento será dado à questão?

Essa proposta de alteração da composição, de alteração do regimento, deverá ser levada ao tribunal pleno. Acredito que essa é uma questão que deve ser amplamente debatida, pois merece uma reflexão profunda por parte dos membros do tribunal pleno. Nesse processo democrático, tenho certeza que o Tribunal de Justiça achará o seu melhor caminho.

 

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