De acordo com Telles, um dos focos do trabalho será aproximar o Conselho Federal da OAB da advocacia. “Tivemos grandes avanços na última gestão, como o novo CPC, a sociedade individual e o Simples Nacional. Vamos prosseguir nesta linha para que o CFOAB atue na melhoria das condições de trabalho dos advogados brasileiros, resgatando principalmente o respeito à advocacia. O advogado é constitucionalmente indispensável à administração da Justiça e assim deve ser tratado: como um agente promotor da pacificação social”, ressalta.
Em relação à defesa das prerrogativas, Cássio Telles explica que pretende atuar junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no acompanhamento dos pedidos de providências e reclamações da Seccional do Paraná. O conselheiro federal também atuará junto aos tribunais superiores, nas ações em que a Ordem ajuizou ADIs e nas demandas que são de interesse da Seccional. “Pretendo exercer um trabalho de acompanhamento destas ações”, frisou Telles, que presidiu a Câmara de Direitos e Prerrogativas da Seccional na gestão 2013/2015.
A defesa das posições deliberadas pela Seccional será outra prioridade do advogado, com o objetivo de estreitar cada vez mais o relacionamento entre a diretoria do CFOAB e da OAB Paraná. “Vamos viver um momento de adaptação a todas as novidades que o novo Código de Processo Civil está trazendo. Acredito que o CFOAB também deverá apontar alguns nortes para que o perfil da advocacia seja adaptado a isso, para que tenhamos uma justiça mais rápida”, afirma.
“Vou procurar levar as experiências boas que tivemos no Paraná para o CFOAB. Tivemos o Diagnóstico do Judiciário, que realmente funcionou aqui no estado. Na parte administrativa levar a boa experiência que tivemos com a implantação do processo eletrônico. Hoje o CF deveria liderar um movimento no sentido de que todas as seccionais adotem um modelo de processo eletrônico administrativo. Na área da fiscalização profissional atuar no sentido de que haja um respeito ao mercado dos advogados, que é invadido por empresas de assessoria, de renegociação, despachantes, que fazem tarefas que são privativas da advocacia sem ter formação e inscrição na OAB. Portanto lutar pela valorização da ordem e respeito ao mercado de trabalho, que legalmente é da advocacia”, destaca.
Já no plano institucional, avalia Telles, as grandes questões nacionais, como o impeachment da presidente Dilma Rousseff e o envolvimento dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal em denúncias de desvios de recursos públicos, irão reclamar um posicionamento firme do CFOAB. “Por tudo que a OAB tem feito pelo país nestes momentos cruciais, sendo a voz do cidadão e tendo o respeito que tem perante a sociedade, são desafios que nós, como conselheiros federais, temos que enfrentar e nos posicionar, evidentemente dentro do respeito à Constituição”, disse.
Outro tema que terá prioridade é a instalação do Tribunal Regional Federal (TRF) da 6ª Região. “Devemos retomar o trabalho em favor da implantação do TRF. A bancada do Conselho Federal do nosso estado estará em Brasília mobilizando a classe política e sensibilizando o STF para a importância dessa questão para os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, afirmou.