“Quem viola prerrogativas não pode vir a exercer a advocacia”, afirma Telles

“Quem viola prerrogativas não pode vir a exercer a advocacia”, afirmou o presidente da OAB Paraná, Cássio Tellles, no VII Fórum de Prerrogativas realizado pela OAB Londrina na noite deste terça-feira (13/8). Em maio do ano passado, em matéria relatada pelo conselheiro federal Juliano Breda, o Conselho Federal da OAB aprovou a criação do Registro Nacional de Violação de Prerrogativas,  instrumento que reúne decisões das seccionais a respeito da concessão de desagravos, após transitarem em julgado.

Na ocasião, Breda lembrou ainda que a criação de um registro vinha sendo discutida há tempos no sistema OAB. “É consenso entre a classe que algumas autoridades sistematicamente violam o livre exercício da advocacia. Não é certo que, mais tarde, queiram compor os quadros de uma profissão que sempre desrespeitaram”, apontou.

O encontro londrinense que abriu espaço para o debate sobre prerrogativas reuniu também outras personalidades do mundo jurídico, dentre as quais Alexandre Ogusuku, presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia do Conselho Federal; Gustavo Sartor, membro-consultor da comissão nacional; Mário de Oliveira Filho, presidente da OAB-SP; e o conselheiro federal Artur Piancastelli. A organização ficou a cargo da Comissão de Defesa das Prerrogativas e Valorização Profissional da OAB Londrina, coordenada pelo advogado Wanderson Matheus Rodui, com o apoio da diretoria da subseção, capitaneada por Vânia Queiroz.

O evento já se tornou uma tradição no calendário da OAB Londrina. O auditório da subseção ficou lotado de advogados interessados no debate. “É uma demonstração de que a OAB busca incansavelmente a defesa dos direitos, não só dos advogados e advogadas, mas de todos os cidadãos. A casa cheia comprova o interesse da classe na luta contra a violação das nossas prerrogativas. O fórum serve ainda para renovar o recado àqueles que não respeitam as prerrogativas da advocacia. Fica claro que estamos unidos para garantir o exercício pleno da profissão, com autonomia e independência”, estacou Rodui.