Pesquisa realizada pela Comissão das Mulheres Advogadas traça perfil da advogada paranaense

Uma pesquisa realizada pela Comissão das Mulheres Advogadas ouviu 3.890 profissionais com o intuito de identificar o perfil das advogadas paranaenses. De acordo com a pesquisa, 50% das advogadas têm até cinco anos de inscrição nos quadros da Ordem.

O levantamento apontou ainda que 63,2% atuam como autônomas sem CNPJ, 8% atuam no regime CLT, 7,9% são titulares de sociedade individual, 9,4% são associadas a um escritório de advocacia, 9,9% são sócias de escritório com CNPJ e 6,5% atuam como professoras de Direito no regime CLT e advogadas públicas.

Das participantes, 44,9% afirmaram que a renda familiar é composta principalmente por outras pessoas e elas contribuem, 18,6% responderam que a renda familiar é totalmente suas responsabilidades e 24,5% responderam que a renda familiar é composta igualmente por elas e outra pessoa.

No período da pandemia, 66% afirmam estar cumprindo isolamento social, sendo que 35% adaptaram um espaço comum da casa para trabalhar remotamente. A questão financeira foi apontada por 75% das participantes como uma das maiores preocupações durante a pandemia, além de questão psicológica (50%), cuidado com os filhos (16,2%) e tarefas domésticas (11,4%).

Os dados da pesquisa irão nortear as ações e projetos da Comissão das Mulheres Advogadas. “Conhecer o perfil da mulher advogada é descobrir as dificuldades e a diversidade. Por isso pensamos nessa pesquisa, ainda mais no período de pandemia, porque cada mulher tem uma necessidade e uma demanda diferente. Através da pesquisa podemos pensar em políticas de atendimento às necessidades da advogada. Como afirma Alice Bianchini, o que não se mede não não se muda, então é necessário pesquisar para que possamos trabalhar para mudar”, destaca a presidente da CMA, Mariana Lopes.

A vice-presidente da OAB Paraná, Marilena Winter, frisa que a atual gestão tem empenhado muitos esforços para obter dados objetivos e ouvir a advocacia de modo a dirigir as ações com foco naquilo que é mais importante. “Nosso objetivo é atuar onde existem lacunas a serem preenchidas, à exemplo da Pesquisa da Advocacia Iniciante e da própria Pesquisa de Satisfação institucional. Trata-se de uma importante ferramenta de gestão”, destaca.