Jornal cita ações da Seccional na capacitação dos advogados para era digital

As ações da OAB Paraná na capacitação dos advogados para atuarem na era digital foram ressaltadas em reportagem publicada nesta sexta-feira (21), pela página Justiça do jornal Gazeta do Povo. A reportagem destaca o início dos trabalhos da 21ª Vara do Trabalho de Curitiba, primeira vara digital da justiça trabalhista, que começa a funcionar na próxima segunda-feira (24). Leia o texto abaixo: 

Justiça na era digital

Vara do Trabalho digital, que será inaugurada na semana que vem, em Curitiba, é exemplo dos novos tempos no Judiciário

O ano de 2009 está marcando de vez a entrada da Justiça brasileira na era digital. Nesta semana, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) comemoraram o julgamento de seus primeiros processos inteiramente digitais. Já na próxima segunda-feira (24), será instalada a 21.ª Vara do Trabalho de Curitiba, a primeira vara digital da Justiça trabalhista do Paraná. Seu grande diferencial será o processamento e armazenamento dos feitos integralmente por meio eletrônico, com movimentações feitas pela internet e sem impressão de documentos – hoje, na Justiça do Trabalho, os advogados já peticionam por meio eletrônico (sistema E-Doc), mas depois o processo é todo impresso. Assim, a expectativa é que se economize, além de incontáveis folhas de papel, muito tempo.

Segundo o coordenador da implantação das varas digitais na Justiça do Trabalho paranaense, juiz Bráulio Gabriel Gusmão, pretende-se reduzir o “tempo morto” do processo. “Por exemplo: quando se publica uma decisão no processo, é preciso intimar as partes do teor da decisão. No modelo atual, intima-se uma das partes, aí o advogado faz carga dos autos (retira o processo para análise); depois, o advogado da outra parte também faz carga. Com o processo eletrônico, permite-se que várias pessoas tenham acesso aos autos ao mesmo tempo”, explica o magistrado. Outra vantagem é a facilidade de acesso ao processo. Hoje, isso só pode ser feito durante o expediente do fórum trabalhista, das 12 às 18 horas. Já o meio eletrônico permite acesso a qualquer hora e dia da semana.

Advogados precisam se preparar

Uma enquete que está sendo realizada no site da seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – www2.oabpr.org.br – apontava, até a tarde de ontem, que a grande maioria dos advogados (88%) ainda não se sente preparada para atuar por meio de processos eletrônicos. Entre os motivos para o despreparo, 42% culpam “a falta de cursos e informações para preparar os advogados”.
A OAB vem realizando treinamentos com os advogados e, na próxima quarta-feira, dia 26, das 19 às 21 horas, promove um curso gratuito sobre o Sistema Projudi (Processo Judicial Eletrônico) – já implantado pela Justiça Estadual do Paraná. Ministrada pelo presidente da Comissão de Informatização do Poder Judiciário da OAB Paraná, José Ricardo Cavalcanti de Albuquerque, a palestra ocorrerá na sede da entidade em Curitiba (Rua Brasilino Moura, 253), mas também será possível acompanhá-la, via internet, em quatro subseções do estado: Apucarana, Cianorte, Pitanga e Wenceslau Braz. A inscrição deve ser feita pelo site www2.oabpr.org.br/esa.

Federal

Dica para os usuários da Justiça Federal: é possível consultar pela internet o Curso Rápido de Introdução ao Sistema de Processo Eletrônico da Justiça Federal, no site www.jfsc.gov.br/ead/curso_eproc.htm. (VD)
No início de seu funcionamento, a 21.ª Vara do Trabalho de Curitiba receberá poucos processos (apenas casos novos) e servirá como uma espécie de laboratório para duas novas varas digitais, com instalação prevista para o dia 30 de setembro. De acordo com Gusmão, não há como estimar quando todas as varas trabalhistas do Paraná serão digitais. “Mas isso vai ocorrer. Esse processo é inexorável”, afirma.

Como atuar

A atuação nos processos digitais e consulta do seu conteúdo exige a utilização da certificação digital – não apenas na esfera trabalhista, mas no Judiciário como um todo. Para isso, o advogado ou qualquer outro usuário dos serviços judiciários deve requerer sua assinatura digital junto a um órgão emissor do certificado – que deve ser credenciado ao Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI). A lista das autoridades certificadoras pode ser consultada no site www.iti.gov.br (no menu Certificação Digital, no link Credenciamento). A certificação dos advogados pode ser feita junto à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com o certificado armazenado na carteira profissional com chip, ao preço de R$ 120. Com a leitora do chip, o pacote custa R$ 240. Informações no site www2.oabpr.org.br.
Sem a certificação, o advogado não poderá fazer uso de vantagens como o protocolo on-line de petições até a meia-noite, mas, mesmo assim, poderá atuar em ações nas varas digitais. Nesse caso, contudo, a consulta ao processo deve ser feita na secretaria da vara e as petições, protocoladas diretamente no fórum. “O advogado que não possui certificação digital deverá ir até a vara com a petição e esta será digitalizada por nossos servidores e incluída no processo. Ele também continuará tendo acesso às informações do processo no balcão da vara, mas, em vez de consultar os autos em papel, o fará em arquivo digital no formato PDF”, explica o presidente da Comissão de Informática do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), desembargador Sérgio Murilo Rodrigues Lemos.

Gravação

As novas varas digitais também terão suas audiências gravadas em áudio e vídeo, pelo sistema Fidelis, recentemente lançado pelo TRT-PR. Atualmente, isso já ocorre em cinco varas do trabalho: 9.ª e 17.ª de Curitiba, 6.ª de Londrina, 5.ª de Maringá e na de Pato Branco. As audiências são disponibilizadas aos advogados no site do TRT-PR (www.trt9.jus.br).

Fonte: Gazeta do Povo

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