A OAB Paraná lamenta a morte do tenente Fábio Alessandro da Silva, assassinado a tiros na noite de quarta-feira, diante da família, em frente à sua casa, em Campo Largo. Segundo a Polícia Militar, dois homens chegaram, anunciaram o assalto e atiraram na cabeça do policial.
Silva, 34 anos, ingressou na PM em fevereiro de 2003 e era subcomandante da 3ª Companhia do 17º Batalhão, localizado em São José dos Pinhais. Era casado e tinha dois filhos, de 3 e 4 anos.
“Mais uma vez fomos assolados pela violência e criminalidade contra um dos nossos, de forma brutal e covarde. A Polícia Militar está consternada. Esperamos o esclarecimento dos fatos para poder confortar a família”, lamenta em nota o coronel Maurício Tortato, comandante-geral da PM.
“Era um policial exemplar e muito competente, que fará muita falta para a corporação por sua dedicação e companheirismo. Familiares e amigos sentirão muito sua falta e não temos como dimensionar o tamanho dessa dor”, afirmou o tenente-coronel William Kuczynski, comandante do 17º Batalhão.
A Polícia Militar do Paraná decretou luto oficial de três dias pela morte do tenente, cujo corpo será velado a partir das 13 horas desta quinta-feira (23/2) na Câmara Municipal de Campo Largo (Rua da Subestação de Enologia, 2008, na Vila Bancária). Embora não haja ainda informações precisas, o sepultamento deve ocorrer nesta sexta-feira.
Recorrência
Um caso semelhante, de morte de policial militar fora do horário de serviço foi registrado pouco antes do Natal, em Pinhais. A soldado Bárbara Aline da Rocha, 24 anos, foi morta no estabelecimento comercial de sua família. A investigação inicial indica que a morte foi motivada por vingança. Dias antes, Bárbara teria reagido a uma tentativa de assalto.
A OAB Paraná lamenta as mortes de policiais militares e apresenta suas condolências às famílias enlutadas. Para a seccional, os casos dão a dimensão do grave quadro de falta de segurança pública que vivemos no estado e também no restante do país. Por essa razão, clama às autoridades não apenas pela rigorosa investigação dos casos, mas também por medidas que devolvam a paz social para toda a população.
“A OAB Paraná entende que a Secretaria de Segurança Pública do Paraná precisa receber — com urgência — toda a atenção do estado do Paraná para a melhoria das condições de trabalho, tanto no aspecto econômico quanto legislativo, de modo a ter recursos para combater os problemas nesse momento de grande dificuldade pelo qual passa o país", afirma o presidente da seccional, José Augusto Araújo de Noronha.