Saúde e economia foram temáticas de painéis vespertinos no OAB Hub


Na segunda rodada de painéis do OAB Hub, os posicionamentos do STF sobre matérias trabalhistas foram debatidos por Giovana Sandri, José Affonso Dallegrave Neto e Sandro Lunard Nicoladeli. Organizado pela Comissão de Direito do Trabalho e pela Comissão de Direito Sindical, o painel foi encerrado por Luciana Gradowski.

“A análise do vínculo emprego é espécie do gênero relação de trabalho e corresponde à prestação de serviço subordinado por uma determinada pessoa física. O elemento subordinação é indissociável da relação de emprego. É o núcleo duro da Justiça Trabalhista. E por incrível que pareça tem quem queira implodir esse sistema”, disse Dallegrave Neto.

Contratos

As comissões de Arbitragem e de Direito Empresarial promoveram painel sobre o espaço de liberdade contratual na arbitragem, contando com Marcia Carla Pereira Ribeiro e Guilherme Freire de Mello Barros como debatedores. A mesa foi presidida por Giovani Ribeiro Alves.

O painel discutiu o nível de intervencionismo decorrente do fato de o Código de Defesa do Consumidor estabelecer o conceito de destinatário final atrelado à ideia de vulnerabilidade. Isso significa que quando as partes de um negócio têm poder econômico diverso, aí se aplica o direito do consumidor.

Seguros

O papel do seguro no desenvolvimento econômico do país foi o tema de Alessandro Octaviani no painel organizado pela Comissão de Direito Securitário e pela Comissão da Advocacia Corporativa. O painel contou com dois debatedores: Luiz Assi e Fabiana Meira e com a participação on-line de Alessandro Serafin.
“A Constituição Federal traz fins e meios para a economia. No setor de seguros isso se traduz na organização da economia popular. O sistema nacional de seguros é garantidor de riscos, mas também um investidor”, lembrou Serafin.

Drogas

O impacto na saúde e na liberdade de crianças e adolescentes em uso abusivo de álcool e outras substancias psicoativas foi o tema do painel promovido pelas comissões de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, de Direito à Saúde e de Política sobre Drogas. As palestras ficaram a cargo de Hugo Lutke, Gabriel Schulman e pelo professor de psiquiatria da UFPR Marco Antônio Bessa. A mediação foi feita por Bruna Marques Saraiva, Karina Dias Nascimento Sabatke e Melissa de Cássia Kandra Dietrich.

“O adolescente de hoje é caracterizado pelas comunicações contínuas, com celular e Internet, que para alguns se tornam uma dependência. Temos de levar em conta que os adolescentes de hoje vivem um universo volátil, inconstante, complexo e ambíguo. É crucial evitar uso de drogas pelos adolescentes porque a maturação do sistema nervoso central ocorre aos 25 anos. Qualquer uso de substância antes disso tem imenso impacto sobre o cálculo abstrato, o planejamento, o sentido moral e outras funções cognitivas mais sofisticadas”, alertou Bessa.

Os serviços públicos e desafios da desjudicialização foram tema de um painel da Copel, que teve como palestrantes Julio Grudzien Neto, Bruno Felipe Leck e Michele Suckow Loss.

Práticas colaborativas

No painel sobre práticas colaborativas, organizado pelas comissões de Mediação, de Direito das Famílias e da Advocacia Colaborativa, contou com palestras de Daniela Freitas, Jorge Moreno de Carvalho, Vergilio Floriani, Waldirene Dal Molin, Daniela Daher, Jenifer Reichman, Syndia Nara Postal e Alessandra Pancera.

“Os advogados, além dos parâmetros legais, também enfocam as visões das pessoas. Por isso as práticas colaborativas têm resultados tão positivos”, destacou Daniela Freitas. O painel contou também com uma dramatização para mostrar a prática colaborativa e destacar a importância de se guiar pelas diretrizes, dos cuidados para manter uma comunicação aberta e honesta, e de revisar o termo de participação.