“Temos de combater a corrupção nos limites da lei; sem excessos, mas também sem tendências”

Em entrevista ao vivo à Rádio Cultura, de Foz do Iguaçu, o presidente da OAB Paraná, José Augusto Araújo de Noronha, falou sobre a importância do Colégio de Presidentes dos Conselhos Seccionais, em curso na cidade. “O momento nacional é conturbado e pede da advocacia grande sintonia e atenção para aos grandes debates. É o que estamos fazendo aqui”, afirmou.

Noronha lembrou que o aumento da transparência faz com que a sociedade possa acompanhar os passos da Justiça e pontuou: “Isso tem um aspecto muito positivo, de engajamento social, mas cada setor tem de cumprir seu papel. Aos advogados cabe buscar os recursos disponíveis para a defesa de seus clientes; ao Judiciário, deliberar sobre os pedidos e formular julgamentos.” O presidente disse ainda que a morosidade da Justiça tem alto impacto sobre a sociedade. O remédio, apontou, é a atualização do Código de Processo Penal, que dos anos 40. “Temos grandes penalistas no Brasil, inclusive aqui do Paraná. O que não pode ocorrer é a paralisia do debate no Parlamento”, avaliou.

O presidente avalia que o excesso de recursos passa à sociedade uma sensação de impunidade. “Por isso precisamos de um processo mais ágil, sempre com a garantia da ampla defesa e do contraditório”, defendeu. Noronha também comentou a importância do combate à corrupção. “Isso precisa ser feito nos limites da lei; sem excessos, mas também sem tendências ou favorecimentos”, afirmou à rádio.

Ao fim da entrevista, o presidente da seccional paranaense cumprimentou a advocacia de Foz do Iguaçu e ressaltou que as sugestões trazidas pelos profissionais nos compromissos realizados na cidade causaram boa impressão ao presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia.