Vice-presidente da OAB Paraná participa na ALEP de audiência pública alusiva ao Dia da Mulher

A vice-presidente da OAB Paraná, Marilena Winter, representou a advocacia na audiência pública alusiva ao dia internacional da mulher realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep) na manhã desta terça-feira (10/3). A audiência foi proposta pela deputada Cantora Mara Lima, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia, e pela deputada Cristina Silvestri, procuradora especial da Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa.

Respondendo à pergunta que foi tema do evento — “o que temos a comemorar?” – Mara Lima citou políticas públicas que buscam conter a violência de gênero, como o botão do pânico e as medidas contra o tráfico humano. “Precisamos vencer a batalha que é eliminar a violência contra a mulher. Acredito que o caminho é o da solidariedade”. No mesmo sentido, a deputada Cristina Silvestre destacou ainda a importância da educação. “Nas próximas gerações depositamos o nosso futuro por meio da educação. Para todos nós, a palavra de ordem é sororidade”, sublinhou.

Ações

“O 8 de março não é um dia para simples celebração. Revisitando a Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, resultado da 4ª Conferência Mundial sobre a Mulher, realizada pela ONU em 1995, vemos a imperiosa necessidade de implementar ações com a perspectiva da igualdade de gênero. A ideia de cooperação tem de estar presente em todas as práticas das instâncias governamentais e também nas das entidades da sociedade civil, como é o caso da OAB”, afirmou Marilena Winter.

Para a vice-presidente, além da necessidade de que sejam derrubadas todas as barreiras que, em pleno século 21, impedem os avanços da mulher nas esferas pública e privada, a questão também merece ser enfocada do ponto de vista transversal, levando-se em conta que há mulheres indígenas, idosas, negras, pessoas com deficiência, transexuais, crianças… Marilena Winter foi tomada pela emoção ao citar o fato de que mulheres morrem simplesmente por serem mulheres. “São apedrejadas, espancadas, mortas diante de seus filhos, quando não junto com eles. Não é possível que nossa geração, com tanta gente consciente, não consiga superar um problema como esse”, declarou.

Resolução

Durante o evento foi assinada uma resolução conjunta para o atendimento integral e humanizado das vítimas de violência sexual no Paraná. Para Marilena Winter, a resolução é notícia alvissareira, mas a partir dela podem vir muitas melhorias mais. “Podíamos voltar a ter o funcionamento da Delegacia da Mulher 24 horas por dia, como já foi, e também, contar com reforço nos Institutos Médicos Legais, para que possam atender as vítimas na perspectiva da violência de gênero”, citou.

O secretário de segurança pública do Paraná, Coronel Rômulo Marinho Soares, mencionou, após a assinatura da resolução que o estado vai investir na saúde mental de seu público interno. O deputado estadual Dr. Batista destacou a coragem das mulheres. Já a superintendente de atenção à saúde do Paraná, Maria Goretti Lopes, que  no evento representou o secretário Carlos Alberto Preto, frisou que a resolução não traz propriamente novidades, mas renova a disposições de avanço no atendimento.

Presenças

Também compuseram a mesa de autoridades durantes a audiência a desembargadora Priscilla Placha Sá, responsável pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEVID) do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR); a desembargadora Lenise Bodstein; a defensora pública Lívia Martins Salomão Brodbeck, coordenadora do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem); a coordenadora da Casa da Mulher Brasileira de Curitiba, Sandra Prado; a proferssora Ariane Pereira, coordenadora do Projeto Florescer, desenvolvido na Unicentro; e Elisângela Rena Beraldo, coordenadora do Projeto Mulheres 100% Colombo.