Advocacia paranaense acompanha debates do 19º Encontro Nacional da Jovem Advocacia

Foto: Raul Spinassé/CFOAB

A advocacia paranaense esteve presente nos debates do 19º Encontro Nacional da Jovem Advocacia (Enja), realizado em Salvador na última semana. O evento reuniu 3,8 mil pessoas em palestras, workshops, debates e talk shows sobre os principais assuntos de interesse dos profissionais de direito, além da realização da 4ª edição da Feira Baiana de Empreendedorismo Jurídico.

A diretora da Jovem Advocacia, Fernanda Valério, e o presidente da Comissão da Advocacia Iniciante (CAI), Luiz Felipe Rodelli, proferiram palestras nos painéis sobre a efetividade e eficácia dos direitos fundamentais, e a OAB e o mercado de trabalho.

“A primeira pauta em discussão no colégio foi nossa e tive a oportunidade de expor a importância de compreender como as relações raciais descrevem nossa sociedade – e como são escritas por ela, a fim de desconstruir formas de pensar e agir que foram naturalizadas, mas, sobretudo, de tornar a OAB a instituição promotora desse necessário diálogo para com a sociedade civil”, relata Rodelli. Outro tema em pauta foi a eliminação da cláusula de barreiras para acesso aos cargos de diretoria da OAB.

A palestra magna de abertura coube aos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Sebastião Reis Júnior e Humberto Martins. A programação do evento contou ainda com debates sobre os desafios tecnológicos no exercício da advocacia, o estatuto da OAB e o (des)respeito às prerrogativas da advocacia, liberdade de expressão, fake news e as eleições de 2022.

O encerramento do evento contou com a conferência magna da ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia, que desejou que a ética seja o princípio a reger todos os profissionais que estão chegando ao mercado de trabalho. Ela ainda conclamou os presentes a defenderem a democracia como forma de buscar a redução das desigualdades no país e a justiça.

“A democracia no Estado é tanto mais legítima, forte e, principalmente, dada à permanência, à medida em que ela tenha respaldo no caldo da cultura da sociedade. Uma sociedade democrática produz o direito justo e o Estado igualmente democrático. A ideia básica que se tem e você só pode viver achando que está em situação de justiça quando você é respeitado na sua dignidade, principalmente quando você sabe que tem o direito respeitado de ser igual a todos no que é sua dignidade humana e único na sua identidade humana”, defendeu a ministra.