Comissão de Juizados Especiais divulga resultados da pesquisa  sobre as audiências virtuais

A Comissão de Juizados Especiais da OAB Paraná divulgou nesta terça-feira (17) os resultados da pesquisa realizada com a advocacia sobre as audiências virtuais e o fórum de conciliação virtual no âmbito dos Juizados Especiais. O objetivo foi investigar como tem sido a experiência dos advogados e partes nos atos não presenciais e propor soluções a eventuais dificuldades enfrentadas.

Os resultados foram apresentados durante reunião com a diretoria da seccional, na sede da OAB Paraná. A pesquisa contou com a participação 1458 advogados, que em sua maioria (1003 advogados) já participou das sessões virtuais. Dos participantes, 695 advogados já solicitaram audiências de conciliação virtual. A ausência de recursos tecnológicos, de orientação e a insegurança jurídica foram apontados como os principais problemas enfrentados. 

“Entre as demandas observadas estão a padronização do método  e  dificuldades tecnológicas de acesso”, esclareceu a presidente da Comissão de Juizados Especiais, Caroline Cavet. A advogada frisou ainda que o acesso do cidadão à Justiça não pode ser limitado a sua condição financeira.

Quanto à obrigatoriedade da realização de audiências presenciais, 889 advogados afirmaram serem contra a medida e 569 advogados se manifestaram favoráveis. Sobre a disposição de estrutura e recursos tecnológicos nas sedes da OAB para suporte à advocacia durante as sessões, 76% se manifestaram favoráveis.

O presidente da OAB Paraná, Cássio Telles, frisou que a tecnologia será uma realidade na Justiça, mesmo após o fim da pandemia. “Não temos como ir contra a tecnologia, os advogados precisam encontrar outros nichos de mercado porque a forma tradicional de fazer audiências tende a desaparecer. Tudo indica que as audiências conciliatórias serão em ambiente virtual, nos juizados especiais”, disse.

O trabalho foi coordenado pelos advogados Guilherme Alberge Reis e Caio Rios, além da presidente da Comissão, Caroline Cavet, e da vice-presidente Caroline Brunetto. Entre as propostas apresentadas estão a criação de grupos de trabalho com o intuito de garantir a comunicação, a oferta de simulações que permitam visualizar o sistema e a realização de cursos de inclusão digital. 

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