No Roda Viva, presidente da Ordem fala sobre democracia, combate à corrupção e pautas da advocacia

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, foi o convidado de estreia na nova fase do programa Roda Viva, da TV Cultura. Entrevistado pelas jornalistas Vera Magalhães (Rádio Jovem Pan e jornal O Estado de S. Paulo), Malu Delgado (jornal Valor Econômico), Renata Agostini (O Estado de S. Paulo), Luciana Coelho (Folha de S. Paulo), além da apresentadora Daniela Lima, Santa Cruz falou sobre o desaparecimento do pai durante a ditadura e ainda sobre democracia, combate à corrupção e pautas relevantes para a advocacia, como o pagamento de honorários e a defesa das prerrogativas. Confira alguns dos principais trechos:

Questões da advocacia

Santa Cruz afirmou que as prerrogativas do advogado, dente elas o acesso ao processo e a garantia do sigilo das comunicações entre advogado e cliente, são força do cidadão em face do Estado. Questionado sobre a motivação da OAB, afirmou: “A intenção da Ordem é sempre a mesma: garantir o direito de defesa de qualquer cidadão”. Ao tratar dos honorários de advogados públicos, reafirmou que os honorários pertencem sempre ao advogado.

Combate à corrupção

O presidente da Ordem apontou como positivo o combate à corrupção promovido pela Operação Lava-Jato. Criticou, contudo, os excessos procedimentais. “No processo, tivemos flexibilizações perigosas dos direitos individuais”. Sobre palavras dirigidas ao ministro Sérgio Moro, afirmou ter usado um tom acima e admitiu que poderia ter sido mais cuidadoso. No entanto, destacou que não muda o mérito da crítica porque cumpre a missão de salvaguardar o direito de defesa. Santa Cruz também lembrou que foi a OAB quem foi ao Supremo denunciar a “farra do Caixa 2”.

Democracia

Para Santa Cruz, os abusos com o Caixa 2 cometidos nas campanhas eleitorais após a Nova República representam uma traição à confiança dos brasileiros que acreditaram na redemocratização. Ele destacou a importância de que sejam respeitados os limites constitucionais na convivência entre os poderes e disse reafirmar a legitimidade do governo de Jair Bolsonaro, posto que foi eleito democraticamente pelos brasileiros.

A íntegra da entrevista pode ser vista neste link.